No último dia 19 de fevereiro, a Folha de São Paulo, um dos maiores e mais antigos jornais de grande circulação do país, completou seu centenário de atividades. Sem querer fazer propaganda, mas sua trajetória foi marcada por diversos percalços na defesa da democracia e da liberdade de expressão. A Folha, como é chamada pelos íntimos, tem procurado se adaptar à modernidade, com presença bastante marcante, na Rede Mundial de Computadores. É tanto que os acessos à algumas das matérias publicadas na sua página virtual são limitados aos assinantes. Juntamente com o material publicitário, isso deve contribuir de alguma forma com o faturamento da empresa.
No último dia 26 de fevereiro, o Diário do Nordeste, maior periódico em circulação do Ceará, ainda prestes a completar quatro décadas de vida, publicou sua última edição impressa. Ele passa, a partir de então, a se apresentar apenas em edições digitais. O que, aparentemente, representa uma morte, na verdade, significa um novo começo, para uma nova fase.
Antes mesmo da Pandemia, os meios de comunicação em geral já vinham experimentando uma profunda e tecnológica revolução, transformando-lhes as fisionomias e os seus modos de interagir com seus públicos. Assim sendo, de TODOS aqueles que trabalham nos órgãos de imprensa, sejam novatos ou veteranos, seja na TV, no rádio, no jornal impresso ou nos portais de notícias da Internet, exigem-se múltiplas habilidades. Como essas entidades trabalham com vários tipos de materiais de mídia, como fotos, vídeos, áudios e textos, por exemplo, além de se fazerem presentes nas redes sociais, os comunicadores precisam saber se expressar adequadamente, com uma linguagem clara, concisa e objetiva, verbalmente, diante de microfones e/ou de câmeras, e por escrito. Comunicadores precisam também de versatilidade, para interagir com o público, nas redes sociais e aplicativos de mensagens.
Entretanto, essas inovações têm um preço. Se, por um lado, abolir o jornal impresso e se limitar às publicações eletrônicas pode parecer ecologicamente correto, aumentar a praticidade de acesso e reduzir custos, por outro lado, pode reduzir a mão-de-obra necessária para as informações circularem e gerar mais desempregos. Espera-se que os prejudicados com essas mudanças consigam superá-las e se adaptar à nova realidade.
Liberdade de expressão e democracia são essenciais. Opinião todo mundo tem a sua, sobre um determinado assunto. No entanto, é preciso lançar mão do bom senso, para discernir quando deve guardar sua opinião para si ou apresentá-la, conforme conveniência do lugar e da circunstância, sob pena de se expor ao ridículo, por mais privilegiada que seja sua posição.
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