Quem nunca ouviu falar de um clássico do cinema, com cerca de 3 horas de duração, chamado E o vento levou? Gravado em 1939, com uma versão em cores difundida, ao longo das décadas, pelas redes de televisão mundo afora, o filme apresenta a trajetória de uma moça com seu amor não correspondido, tendo como pano de fundo um paralelo entre a vida de riqueza, de opulência e de festa das elites escravistas do sul dos Estados Unidos da América, antes da Guerra Civil, na década de 1860, e a devastação, a decadência e a miséria que se abateram sobre aquela região, após a guerra.
A despeito da acusação de conteúdo racista, motivo que levou à retirada do longa metragem de uma plataforma de streaming, quem dispuser de tempo e de paciência para assistir ao filme, que parece bastante melodramático, em primeiro plano, conseguirá enxergar sob a capa dele a lição que apresenta nas entrelinhas: os protagonistas tiveram suas vidas profundamente transformadas, após a Guerra de Secessão, que lhes causou pesadas perdas pessoais e materiais, caindo numa relativa pobreza, tendo que se adaptar a uma nova realidade, uma espécie de novo normal, austero, frio e cinzento. Percebe alguma semelhança com a realidade vivida por praticamente TODOS neste mundo, em 2021? Percebe que TODA a humanidade teve sua vida transformada pela Pandemia, para o bem ou para o mal? Por fim, percebe que o vento levou também muitas vidas e sonhos, ultimamente? Se sim, aqui está uma boa pedida de filme, para curtir, durante seu lockdown, se você tiver os dons requeridos, como uma mente privilegiada e os sentidos apurados, por exemplo, para interpretá-lo.
XXXXX
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