Apesar de o Brasil já ter sido declarado uma nação autossuficiente, no tocante à produção petrolífera, continuamos ainda muito dependentes da importação dos derivados de petróleo, haja vista a nossa capacidade de refinar o petróleo de casa ser ainda muito limitada. Por essas e outras, nunca mais se ouviu falar em Pré-Sal. Assim, continuamos sendo massa de manobra dos mercados internacionais, com os valores de produtos essenciais que consumimos, como alimentos e combustíveis, por exemplo, flutuando ao sabor do câmbio, que parece somente flutuar para cima, raramente para baixo, aconteça algo bom ou algo ruim, no contexto nacional ou global, no intuito de aumentar os lucros dos investidores internacionais, para que eles não percam de vez o interesse no Brasil, mas continuem a prejudicar nossa população, sugando-a cada vez mais, dilapidando e empobrecendo a nação. Ou seja, estamos num jogo de cartas marcadas, no qual não se trata de ganhar ou perder, mas de perder menos ou mais, porque sempre temos que perder, haja o que houver, para que os investidores sempre ganhem.
Continuamos recebendo aumentos praticamente compulsórios nos preços dos combustíveis, que nos são praticamente enfiados goela abaixo, quase todos os dias, contra os quais não podemos reagir. Somente neste primeiro trimestre do ano, já foram seis. Se continuarmos nesse ritmo, ainda vai chegar o dia em que o litro de gasolina custará uns 100 reais, por exemplo, e nos veremos obrigados a deixar de alimentar nossas famílias para pagar o líquido precioso para nós e para os outros. Alguém precisa fazer algo para coibir esse abuso imoral perpetrado contra os cidadãos brasileiros
Juntamente com o encerramento das atividades industriais da Ford no Brasil, esse descontrole dos valores dos combustíveis também é outro forte indicativo de nossa dependência do mercado financeiro internacional e de um retrocesso em nossa produtividade econômica. Voltamos cada vez mais a ser um país mais importador do que exportador, pagando por isso cada vez mais nas moedas dos outros. E isso é algo inadmissível, para um país tão rico e tão grande como o Brasil, em todos os sentidos, como já defendia, ainda que implicitamente, a obra Os Bruzundangas.
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