"Meu maior desejo é dar a vida pelos jovens, até a última gota do meu sangue!"
Parresia é um vocábulo de origem grega que indica franqueza, ousadia, firmeza e coragem para falar ou agir em público. Era uma qualidade atribuída aos cidadãos de Atenas, na Grécia antiga, que tinham direitos políticos, quando tomavam a palavra, nas assembleias públicas. Era uma qualidade também de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando andava pelo mundo, pregando seu Evangelho e operando milagres, bem como daqueles que o sucederam e pregaram suas palavras e obras.
Parresia é um dom ainda presente, em tempos mais recentes, principalmente na figura do jovem Ronaldo Pereira, que foi um missionário consagrado e dedicado de uma das maiores e mais antigas agremiações da Renovação Carismática Católica (RCC) no Brasil: a comunidade católica Shalom. Até o começo da vida adulta, Ronaldo era um estudante universitário adepto do marxismo, por mais imerso que estivesse num mundo capitalista. Até que sua vida mudou radicalmente, quando ele mergulhou de cabeça na RCC, levando-o a deixar tudo para trás e se tornar um dos mais bravos pregadores católicos, em Fortaleza, a exemplo do vanguardismo do apóstolo Saulo de Tarso, que viria a ser chamado de São Paulo, após convertido. A sentença que encabeça esta postagem foi atribuída à ele, por aqueles que com ele conviveram, pessoal e diretamente, e pode ter se concretizado, quando ele foi convocado para a oficina de Deus, após sofrer um acidente de trânsito, na madrugada de 17 de fevereiro de 1995, ou seja, há 26 anos, portanto. E estamos aqui relembrando esse fato, mesmo com uma semana e meia de atraso. Por que seu trabalho e sua vida tiveram mesmo que ser interrompidos, tão trágica e precocemente, causando tanta dor ao próprio e a quem ele deixou para trás? Observe que a mesma coisa está acontecendo, em larga escala, com pessoas e famílias tendo suas vidas ceifadas pela COVID-19. Talvez somente o próprio JC pudesse confortar ao próprio Ronaldo, aos seus entes queridos, às vítimas da Pandemia e aos seus entes queridos, e fazer-lhes entender o que aconteceu e o que está acontecendo, um dia.
A missão de Ronaldo Pereira, que buscou a santidade na contemporaneidade, sempre irradiando alegria de viver, foi efêmera como uma vela acesa e exposta ao vento, porém foi bastante produtiva. Quem tiver a curiosidade e a oportunidade de conhecer a história daquele rapaz, que já foi contada através de livros, inclusive, inevitavelmente se sentirá convidado a pensar no sentido de sua vida, mesmo que não consiga encontrar todas as respostas que procurar, até porque isso é impossível. Há certas nuanças da vida que só serão compreensíveis lá no final da estrada. Entretanto, a história do jovem pregador deve exortar uma reflexão sobre suas escolhas e sobre o uso que você tem feito de seus dias neste mundo, principalmente se você está tendo a chance de viver mais tempo aqui. Se você fez suas escolhas, de uns quinze anos para cá, pelo menos, movido pelo bem estar ao próximo ou pensando apenas no dinheiro a ganhar e no próprio bem estar, por exemplo.
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