Ele JÁ está entre nós. O vírus demorou a chegar a Fortaleza, por exemplo, que é uma cidade eminentemente turística, com aeroporto e porto internacionais e gente de outras nações transitando por aqui. Era só uma questão de tempo. O recrudescimento da disseminação deste vírus já não mais nos permite fingir que não é conosco. As emissoras de TV dedicam quase todas as grades de programação à abordagem do Coronavírus. Quase todas as matérias dos telejornais são sobre ele. Temos COVID-19 no café-da-manhã, COVID-19 no almoço, COVID-19 no jantar, COVID-19 nas sobremesas e COVID-19 até mesmo nos sonhos. Melhor dizendo, nos pesadelos.
O Coronavírus está cada vez perto de você, que, se ainda não foi infectado(a), já deve sentir, ao menos, as repercussões socioeconômicas da infestação do vírus, na sua região. Pensar nisso, por si só, já é assustador. Como já existe transmissão comunitária no Brasil, se você for infectado(a), não saberá ao certo de onde veio o tiro. Se não estiver num dos grupos de risco (idosos, portadores de doenças crônicas, etc.), provavelmente quase nada sentirá e logo se recuperará. Por essas e outras, seu maior medo não é ser contaminado(a), com risco de adoecer e, até mesmo, morrer. Sua maior preocupação é com os efeitos nas vidas das pessoas ao seu redor, não necessariamente nas saúdes delas, mas também nas repercussões psicossociais e econômicas. Essa ameaça que paira no ar, em todos os sentidos, por si só, já é suficiente para que a maioria das pessoas se sinta doente, mesmo sem ser contaminada. Onde quer que estejam, TODOS já estão sendo prejudicados, de uma forma ou de outra, mesmo que o vírus, por si só, não se tenha mostrado capaz de dizimar toda a humanidade, até agora. Nem por isso, ele deve ser menosprezado. Ele já se provou capaz de, pelo menos, causar um colapso na civilização.
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