O ano começou conturbado, no Brasil e no mundo, ainda sob efeitos do ano anterior. Em outubro passado próximo, veio o desabamento do edifício Andrea, em Fortaleza. Vieram também as manchas de petróleo, em praias do litoral nordestino, cujas origens ainda são incertas. Mais para o fim, as Minas Gerais foram novamente flageladas, por uma contaminação com dietilenoglicol, numa determinada marca de cerveja, e pelas fortes chuvas que estão dissolvendo a terra e causando desmoronamentos e mortes, em Belo Horizonte e adjacências, cerca de um ano após Brumadinho.
Agora vem a ameaça de uma epidemia global pela disseminação do coronavírus, a partir de um rincão da China. Até a noite de 6ª feira, 31, havia 11.791 casos confirmados no mundo, com 259 óbitos, sendo que, no Brasil, ainda havia apenas casos suspeitos, ao todo 12, sendo um deles no Ceará, mais precisamente em Sobral. Essa ameaça também teve lá suas vantagens. Serviu, dentre outras coisas, para lembrar às pessoas de (re)tomar cuidados básicos de higiene pessoal, como, por exemplo, tossir ou espirrar tapando o rosto com mãos e depois lavá-las ou higienizá-las, assim como aconteceu com a gripe suína, a SARS e o H1N1, por exemplo, para reunir inimigos, levando TODOS os líderes mundiais a se preocuparem em evitar a entrada daquele vírus em seus países, e fazer muitos se esquecerem de que estivemos na iminência de uma guerra entre EUA e Irã.
E agora, todos os olhos do mundo voltados novamente para a China, onde houve aquela série de protestos por liberdade, na Praça da Paz Celestial, há 30 anos, e onde há protestos por liberdade, em Hong Kong, ex-colônia inglesa e agora colônia chinesa capitalista. Apesar de a China ter produzido tanta coisa ruim, ultimamente, estamos cada vez mais nos curvando diante dela.
Como se não bastasse, houve falhas grosseiras nas correções das provas e nos cálculos das notas do ENEM e na divulgação dos resultados do SISU, causando muitos transtornos, mas o governo conseguiu abafar esses rastros de incompetência, com grosseria e truculência, sinais de uma gestão que, depois de um ano, ainda engatinha trôpega e pesada de escândalos, porque ninguém se entende nela, e ela acaba não andando para a frente, nem promovendo os avanços esperados.
Este é o mundo vindo abaixo. Assim, fica difícil alguém ter cabeça para se preocupar com tanta coisa de uma vez ao mesmo tempo, especialmente num lugar onde pessoas matam outras pessoas como se estivessem matando animais, pensando que não vai dar em nada, porque cada um só pensa no seu, e onde pessoas matam a si mesmas, por vezes. Não obstante, ainda há quem se submeta à situações vexatórias, confinado e com a vida particular midiatizada. E há quem seja mais estúpido ainda para dar audiência a essas coisas. Ainda há salvação para este mundo???
Feliz Ano Velho!?
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