"O Senhor disse a Josué: “Vê, entreguei-te Jericó, seu rei e seus valentes guerreiros. 3.Dai volta à cidade, vós todos, homens de guerra; contornai toda a cidade uma vez. Assim farás durante seis dias. 4.Sete sacerdotes, tocando sete trombetas, irão adiante da arca. No sétimo dia, dareis sete vezes volta à cidade, tocando os sacerdotes a trombeta. 5.Quando o som da trombeta for mais forte e ouvirdes a sua voz, todo o povo soltará um grande clamor e a muralha da cidade desabará. Então, o povo tomará de assalto a cidade, cada um no lugar que lhe ficar defronte”."
Josué, 6:2-5
Há 30 anos, caía o famigerado Muro de Berlim, maior símbolo de um mundo profundamente rachado ao meio. A Alemanha voltava a ser una. Nascia a esperança de um mundo com mais qualidade de vida, mais fraterno, mais unido e menos hostil. Egoísmo e restrições ao quadrado de cada um dariam lugar à apertos de mão e abraços. Rivalidade e bairrismo se manteriam apenas, e em níveis civilizados, nas campanhas eleitorais, nos debates religiosos e em eventos esportivos.
Entretanto, não foi bem isso que se viu, ao longo das últimas décadas. Não no Brasil, pelo menos. Aqui, note-se que, como pessoas têm cada vez mais medo de pessoas, constroem-se muros cada vez mais altos, cheios de câmeras penduradas e com grades cada vez mais reforçadas, para separar propriedades privadas das vias públicas e resguardar a segurança de seus ocupantes e de seus patrimônios. Já nos Estados Unidos, querem construir um extenso muro, na fronteira com o México, sob pretexto de garantir inviolabilidade e segurança do território, que é visto como um paraíso na Terra, para muitos flagelados do resto do mundo. Enfim, em todo o mundo, esperava-se que o fim de uma discórdia pontual trouxesse tempos melhores e de muita paz, mas guerras e desigualdades, por exemplo, continuam existindo. Por isso, ainda não vivemos num mundo sem fronteiras, onde seríamos livres para irmos e virmos.
De todo modo, espera-se que, neste domingo, você tenha novamente o mesmo bom senso de domingo passado, quando evitou sair de casa, entre as 10 e as 13 h, faixa de horário em que deveriam se deslocar pelas cidades apenas aqueles que fizeram e farão as provas do ENEM, juntamente como seus familiares, e aqueles que trabalharam e trabalharão na aplicação do certame, evitando, assim, interferir negativamente nas trajetórias dos candidatos. O problema é que, lamentavelmente, o brasileiro quase não sabe usar o bom senso, preferindo pensar apenas no seu. Quanto àquelas pessoas que saem de casa, em tais ocasiões, com suas cadeiras de sol, apenas para se sentar diante dos locais de provas, esperar os candidatos que chegam correndo em cima da hora, rir delas e, até mesmo, atrapalhá-los mais ainda, melhor seria se fossem procurar um programa para curtir numa praia, num clube ou em suas próprias casas ou mesmo se simplesmente sumissem com suas atitudes completamente destrutivas e que em nada contribuem com a humanidade.
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