Você deve ter se cansado de saber que 08 de março foi Dia Internacional da Mulher. Se você for mulher, deve ter recebido muitos cumprimentos, talvez até muitas flores e cartõezinhos, de todos os lados. Sem querer desmerecer a relevância da data, mas o fato é que, de todo modo, você deve estar se perguntando em que isso deveria influir na sua vida e se haveria mesmo algo a ser festejado, haja vista a mulher ainda não ser devidamente respeitada e valorizada e ainda ocorrerem muitos feminicídios no Brasil, que é o 5ª lugar no ranking internacional desse tipo de crime, que, segundo definições legais, são assassinatos cometidos por discriminação ou menosprezo pela condição de mulher ou num contexto de violência doméstica, ou seja, por questões passionais, por parentes próximos ou por indivíduos com alguma afinidade com as vítimas.
Se você mora no Ceará, já deve ter percebido que muitas mulheres ainda são assassinadas, nesta terra, não necessariamente na forma de feminicídios, conceitualmente falando. Aqui, mulheres são assassinadas porque cruzaram os caminhos de membros de facções criminosas, de um modo ou de outro. Nessas estatísticas, entram também e, principalmente, muitas adolescentes, vulgo "novinhas". Isso é culpa da indolência do poder público, nos níveis local e nacional, que não se empenha em investigar esses crimes, prender os responsáveis e criar leis mais severas para eles.
Como carregam praticamente todas as suas vidas dentro de suas bolsas, mulheres são as vítimas preferidas, por exemplo, de assaltantes que atacam pessoas nas ruas para subtrair seus celulares. Portanto, os legisladores deveriam pensar fora da caixa e ir mais longe, estabelecendo que penas por crimes cometidos contra qualquer mulher, em quaisquer circunstâncias, fossem potencializadas, e mais ainda se as vítimas estivessem em situação de vulnerabilidade como, por exemplo, menores de 18 anos, idosas, gestantes e portadoras de deficiências.
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