Há pouco mais de um século, quando veio a pandemia de Gripe Espanhola, viu-se um cenário parecido com o do presente. Tal como hoje, aquela doença fez também vítimas ilustres, como o recém eleito presidente da República Rodrigues Alves, no começo de 1919, por exemplo. Esse é mais um bom motivo para que nossos governantes ponham suas barbas de molho, aproveitando a Quaresma para fazer abstinências de hiper exposição mediática, de intrigas ideológicas, de falta de bom senso e de provocações indiretas, quando deveriam aproveitar seus discursos para liderar, nortear e confortar a nação, em vez de perder tempo com críticas destrutivas aos
trabalhos de quem está fazendo algo para evitar que a represa da pandemia desabe de uma vez sobre nós, principalmente quando se está na terceira idade, recém saído de uma situação grave de ameaça à vida e recém operado. Quem estiver nessas condições deve ter maior ciência da gravidade da situação que se descortina, da fragilidade da vida e da necessidade de se precaver do perigo, a todo e qualquer custo. E quem está tentando conter o avanço do vírus em nossas terras não está simplesmente batendo em retirada e fugindo de um problema, deixando terras arrasadas para atrás. Está tentando nos proteger, principalmente os mais frágeis, acima de tudo.
No tempo da Gripe Espanhola, quando um vírus se propagava mais rápido que a informação, ele fez muito mais vítimas fatais que o Coronavírus. Agora é o contrário. A informação é mais veloz que um vírus, mas o pensamento de quem tem o poder de tomar decisões que impeçam a barragem da pandemia de romper e se derramar sobre o planeta ou um país parece ainda lento. Como a ciência evoluiu muito, no último século, temos a faca e o queijo nas mãos, que devem estar bem lavadas, por sinal, para evitar um mal maior, com a mesma magnitude da Gripe Espanhola. Basta que a informação correta seja bem direcionada e bem trabalhada, descartando-se as fake news, para que ninguém mais seja confundido, nestes dias.
+++++
Nenhum comentário:
Postar um comentário