Digamos que, no intuito de tentar corrigir a humanidade, Deus podasse, aos poucos, os suprimentos de que o ser humano precisa para viver, e começasse, indiretamente, retirando a saúde física de muitos, levando à morte parte deles. Digamos que os sobreviventes e os que não foram tocados tivessem indiretamente suprimidas a liberdade e parte significativa da saúde mental.
Ainda estamos vivendo em situação relativamente confortável. Muitos que estão forçados a ficar em suas casas, saindo apenas para trabalhar, comprar itens essenciais numa farmácia ou num supermercado ou ir a um serviço de saúde, quando necessário, ainda dispõem de alguns suprimentos essenciais para se manter reclusos como, por exemplo, segurança, água, comida, proteção contra o frio ou o calor excessivos, energia elétrica e meios de se comunicar com quem estiver afastado, como se estivessem cada um abrigado em seu bunker. Mas, e se as pessoas que fazem essas coisas chegarem aos lares adoecerem e pararem de trabalhar, e as coisas começarem a faltar? O que faremos? Será que estamos diante de algo grandioso com que os governos não saibam lidar?
Só assim, talvez a humanidade aprenda o sentido da Quaresma, reconhecendo também a importância de um sacrifício feito pela humanidade, e a razão de estar no mundo. Porque este parece ser um momento em que são requeridas tomadas de decisões. É um momento de não mais pensar só em si, mas pensar também nos outros, mais que nunca. E um momento de procurar não viver em função de pecados, mas em função de fazer o bem, e de procurar também entrar em sintonia com Deus e dizer a ele tudo que o coração quer falar, como o que está escrito nestas linhas, por exemplo.
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