Na noite do último domingo, enfim, chegou ao fim a paralisação dos policiais militares do Ceará, com consequências devastadoras para a coletividade. Se eles poderiam ter conseguido mais com aquela movimentação ou não, a Deus pertence. De todo modo, eles já deveriam saber o que poderiam ganhar ou perder. Eles ficaram mal falados, depois que o movimento ganhou a pecha de politiqueiro e surgiram comentários maldosos de que alguns dos líderes buscavam autopromoção política. Seria complicado para o governo conceder anistia ampla e irrestrita a todos os envolvidos, como das outras vezes, pois, assim, perderia o moral e estimularia novos motins.
Se a crise tivesse se estendido, o resto da sociedade teria que se mobilizar também. O comércio, seguido logo depois por outros setores sociais, deveria ter paralisado também, não necessariamente para tomar partido por um dos lados, mas para pressionar o poder público a resolver logo o problema, fazendo-o enxergar que, sem segurança pública, não há como a sociedade funcionar.
Alguns daqueles policiais que cruzaram os braços poderão ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional e, até mesmo, considerados "terroristas". Por que não enquadram também nessa lei como "terroristas" os membros das facções criminosas? Com a palavra, os membros dos ministérios públicos, dos poderes judiciários e os parlamentares.
Enfim, avante, guerreiros. Pelo menos agora vocês já sabem o quanto são importantes e como vosso trabalho é reconhecido. Até o chefe da Força Nacional lhes deu apoio moral. Sejam muito bem vindos de volta às ruas. Há muito trabalho lá fora esperando. É chegada a hora de irem à forra, em busca de justiça. Pois os criminosos já se aproveitaram demais da ausência de vocês e agora estão fazendo seus companheiros de sacos de pancadas.
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