No Dia Internacional da Mulher, chamamos a atenção para algo novo nesse Carnaval: a aplicação de uma lei para o crime de importunação sexual, em vigor desde setembro do ano passado, estabelecendo que roubar um beijo de alguém, tocar-lhe o corpo sem consentimento ou mesmo proferir uma cantada verbal insistente e inconvenientemente, por exemplo, não pode. Válida em qualquer época do ano, ela veio a calhar no Carnaval, numa tentativa de preservar o respeito à liberdade e à dignidade da pessoa, principalmente da mulher, e de disciplinar o comportamento, num contexto em que pessoas tendem a se tornar liberais demais, e a liberdade de umas pode invadir o espaço de outras, virando libertinagem e deixando feridas abertas.
Aconteceram muitos casos de importunação sexual, até o ano passado, com mulheres jornalistas esportivas, em seus locais e horários de trabalho, motivo da campanha #deixaelatrabalhar, nas redes sociais. Durante as transmissões da Copa na Rússia, por exemplo, torcedores estrangeiros tentaram abraçar e beijar repórteres brasileiras que estavam diante das câmeras transmitindo ao vivo, e torcedores brasileiros induziram uma jovem russa a dizer uma frase de baixo calão em português, sem saber o que estava dizendo, e pondo-a em situação constrangedora.
Aos homens, que tendem mais a ter esses comportamentos, recomenda-se mais cuidado com a bebida alcoólica, porque, se por um lado, ela deixa o homem temporariamente feliz, corajoso, lascivo e otimista, até certo ponto, por outro lado, ela não necessariamente torna o homem mais atraente aos olhos femininos. Ou seja, o álcool pode até mudar sua forma de ver o mundo, mas não necessariamente faz o mesmo com as outras pessoas, tornando-as mais abertas a acolhê-lo da forma que você vier em direção à elas. Por isso, mais respeito aos seus próprios limites e aos limites alheios.
Desejamos um feliz dia a todas as mulheres, que sejam cada vez mais protegidas contra qualquer forma de violência, e um bom final de semana a todos.
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