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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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quarta-feira, 10 de abril de 2019

Reciprocidade




                 Cena 1:

                 Em 2004, piloto e turista americanos foram presos, por desacatar agentes federais, durante procedimentos de fichamento e identificação, que eram exigidos de cidadãos americanos que entrassem no Brasil, à época, quando o governo estava aplicando um princípio de reciprocidade em relação aos países que recebiam cidadãos brasileiros da mesma forma.


                 Cena 2:

                 Desembarcando na Argentina, o sujeito descobriu que indivíduos oriundos de países como EUA, Canadá e Austrália, por exemplo, teriam que pagar uma espécie de pedágio, para entrar naquele país, que também é cobrado de argentinos que viajam àqueles países. Muito bem pregado.
                

                 Cena 3:

                 O presidente Bolsonaro vai aos Estados Unidos e, praticamente, escancara as portas de nossa nação para eles, ao decretar o fim da exigência de vistos para turistas americanos, sob o pretexto de fomentar a vinda deles, como se eles fizessem tanta questão assim de vir para cá, além de nutrir a vaga esperança de que o outro lado alivie a entrada de brasileiros por lá.


                 Porém, isso não deve ter influência, pelo menos à curto prazo, nas vidas daqueles que querem realizar sonhos inconscientes e reprimidos de infância ou de adolescência, como, por exemplo, ir à Disneylândia, com ou sem filhos, tirar fotos com o casal Mickey & Minie e publicá-las nas redes sociais, como as pessoas mais realizadas e felizes do mundo. Para isso, elas fazem papéis de idiotas, se submetendo às mais humilhantes, vexatórias e constrangedoras situações possíveis e perdendo tempo, dinheiro e paciência.


                 O presidente estaria apenas retomando uma ideia antiga, mas, se quer bajular os governos de Israel e dos Estados Unidos, esperando ganhar algo em troca, tudo bem, mas, menos, menos, menos. Já chegou a colocar um gringo num ministério. Alguém ainda dúvida que ele ponha outro no lugar? Ele está mesmo colocando o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos???


                 Cena 4:

                 Jonas, um futebolista brasileiro que atua no Benfica, após a derrota de seu time frente ao Sporting, em jogo válido pela Taça de Portugal, foi hostilizado por torcedores do time adversário, com frases do tipo "Vai pro Brasil, volta prá favela", que ele prontamente rebateu com "Não, vou ficar aqui para ganhar mais vezes do que vocês".


                 Muitos brasileiros estão migrando para Portugal, em busca de qualidade de vida, devido à relativa facilidade de ingresso no país, que também é membro da União Europeia, e às proximidades das culturas e do idioma. Entretanto, devido ao orgulho e arrogância dos portugueses, somado ao fato de os brasileiros já estarem formando colônias por lá, num movimento de colonização contrário ao que existia, há alguns séculos, as idas de mais brasileiros para lá estão sendo cada vez mais dificultadas e inviabilizadas.


                  Para os inomináveis portugueses, que, até mais diretamente que os ingleses e os americanos, viveram às nossas custas, durante séculos, derramaram muito sangue em nossas terras, enriqueceram e adquiriram um padrão de vida invejável, embora não seja tão sublime, o Brasil não passa de uma grande favela. Mas, se somos o que somos, devemos em grande parte a eles, assim como eles também nos devem. Eles podem ter fama de burros nas piadas prontas daqui, mas de burros eles nada têm. Pelo contrário, são espertos e sagazes e gostam de tratar seus dominados com requintes de crueldade. Vide o que fizeram com Tiradentes, que foi martirizado e esquartejado, e o mau caratismo daquele empresário que matou e enterrou seus conterrâneos, em Fortaleza.


                 Precisamos nos dar mais ao respeito. O mundo precisa nos respeitar mais. Podemos nos relacionar melhor com a economia mundial sem abrir mão de nossa identidade. Podemos exigir e apresentar reciprocidade, dentro dos limites do bom senso. Este morro aqui é nosso, e prá subir, tem que ter nossa bênção e saber chegar na quebrada. Valeu? Assim, quem sabe um dia, os brasileiros não voltem a ter orgulho de ser brasileiros e de morar no Brasil???  



---X---



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