Lição moral bastante atual

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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
Por isso, continuemos nos cuidando.

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pensamentos dadaístas 22


                       Começamos hoje com um bom exemplo: Petrópolis cancela carnaval para investir em saúde. Eles tomaram a decisão certa. Tudo bem que o povo precisa de lazer, mas existem prioridades a serem honradas, principalmente agora que uma parte do Estado do Rio de Janeiro está desmoronando e sem ter onde morar, por causa das chuvas que por lá caíram, neste começo de ano. Espero que isto sirva de exemplo ao Governo do Estado do Ceará, que contratou Ivete Sangalo para se apresentar na inauguração de um hospital, por 650 mil reais.



                       Em dezembro último, um túnel rodoviário desabou no Japão. Este fato me fez pensar sobre a pequenez do ser humano diante do mundo e das manifestações deste. Quem somos nós, perante este gigante sobre o qual pisamos??? O que podemos fazer, quando ele resolve desabar sobre nossas cabeças, literalmente, ou, até mesmo, desmoronar sob nossos pés e nos engolir??? Como você sabe, o Japão está situado em uma região instável, geologicamente falando: o Círculo de Fogo do Pacífico. Parece ser um lugar muito bonito, porém perigoso, porque está sempre sujeito à ocorrência de abalos sísmicos de todas as magnitudes, como aquele terremoto que resultou em um maremoto que banhou uma parte do país, há dois anos, por exemplo, sejam perceptíveis ou não, para os humanos. No entanto, os prédios percebem, e suas estruturas se desmancham aos poucos. Talvez o desabamento desse túnel tenha sido consequência indireta do somatório das ações desses tremores.


                       Na Bahia, em dezembro último, um ex-estudante de medicina que cumpriu pena de alguns anos por pedofilia conseguiu, por via judicial, o direito de se rematricular em sua faculdade e retomar seus estudos. Procurei saber em que pé está essa situação. A universidade prometeu recorrer da decisão, mas, até o momento, o rapaz continua matriculado, e não há mais novidades.

                       Olha, se Luiz Militão, imigrante português preso em Fortaleza por homicídio, há alguns anos, conseguiu o direito de sair da cadeia para frequentar as aulas, numa universidade, por que esse rapaz baiano também não teria o mesmo direito, reforçado pelo fato de que ele já se encontra em liberdade e já cumpriu sua pena???

                       Bem, se seria moral e eticamente aceitável que um indivíduo que teria praticado a pedofilia viesse a se graduar como médico ou não, cada um com sua opinião. Não conheço o rapaz, nunca conversei com ele, portanto, não posso formular um diagnóstico, pois não disponho de subsídios suficientes para determinar se ele ainda representa algum risco para a sociedade, especialmente no exercício da medicina. Se ainda existe algum risco de alguém como ele voltar a praticar atos ilícitos como aqueles, sim, sempre existem, mas não se pode afirmar categoricamente que vão acontecer outra vez. Salvo engano, ele não esteve necessariamente preso, mas internado em uma espécie de manicômio judiciário. Se ele recebeu alta de um hospital psiquiátrico, é porque, supostamente, ele foi avaliado por um médico psiquiatra que se sentiu seguro em declarar que o paciente já estava em remissão de seu transtorno e, portanto, não mais representava risco à sociedade. Caso contrário, o paciente ainda estaria internado lá.

                        Não é querendo proteger o rapaz, tampouco minimizar o seu delito, mas, se ele tivesse passagem na polícia por outro tipo de crime, haveria, do mesmo modo, tanta celeuma e tanta resistência ao seu retorno, por parte da comunidade acadêmica e da instituição??? Acho que ninguém se incomodaria com seu retorno à universidade, se ele estivesse respondendo em liberdade um processo por assalto ou até mesmo por homicídio, por exemplo. A pedofilia, sem sombra de dúvida, é um crime hediondo e que choca a sociedade, mas existem crimes piores, porque são capazes de causar danos mais extensos à coletividade, como o narcotráfico e a corrupção, por exemplo.

                        Sugiro, então, que deixem ele concluir os estudos da graduação em medicina e receber o diploma, embora sua formação venha a ser um tanto capenga, pois seus estudos em pediatria, uma área essencial para a formação de um médico generalista, ficarão um tanto comprometidos, mas, quando ele for ao CRM local requerer seu registro, para poder trabalhar, que este caso seja reanalisado. Quiçá não existam médicos completos, mas ele, infeliz e certamente, será um médico incompleto, porque não saberá e não deverá atender crianças, em seu ofício. Depois conversamos mais sobre esta questão do médico completo.

                        Para quem não se lembra, Luiz Militão é um português radicalizado no Brasil, preso e condenado por ter comandado uma chacina contra alguns turistas portugueses que desembarcaram em Fortaleza, em agosto de 2001. Pois bem, recentemente, ele conseguiu ser selecionado para uma vaga no curso de geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e conseguiu uma liminar que lhe concedia o direito de sair da penitenciária para frequentar as aulas no Campus do Pici, desde que estivesse escoltado por pelo menos dez policiais. Tratava-se de uma medida que causou revolta e preocupação, por parte do meio acadêmico e da sociedade, além de onerar os cofres públicos e deixar o policiamento nas ruas desfalcado.

                         Ainda bem que ele desistiu da ideia. Talvez até estivesse bem intencionado e quisesse realmente se reabilitar, embora suas atitudes depusessem contra ele. Militão não aguentaria a vida acadêmica por muito tempo, pois ela exige muito do estudante. Exige-se, por exemplo, um certo grau de liberdade e de maleabilidade, para que o aluno esteja disponível para as atividades acadêmicas, em horários e locais diversos, em situações que variam de acordo com o curso. Um aluno presidiário, com suas saídas da cadeia restritas e vigiadas, teria condições de, por exemplo, ir à uma aula de campo, noutra cidade, como os estudantes de geografia geralmente fazem??? E se ele fosse estudante de medicina, chegando à fase do internato, que são os dois anos finais, em estágios supervisionados, poderia ele sair da cadeia, em horários diversos, para honrar seus plantões como interno de medicina, na sala de parto de uma maternidade, por exemplo, nestas condições??? São questões de ordem prática que precisam ser ponderadas pelos detentos que aspiram às vagas em universidades e pelas autoridades.


                          Há alguns dias, o ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, teria feito a seguinte e polêmica declaração, referente aos idosos: "Deus me livre de ser forçado a viver se quisesse morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez mais pior sabendo que [o tratamento] foi tudo pago pelo governo. O problema não será resolvido, a não ser que você deixe que eles se apressem e morram".

                          Por um lado, declarações como a supracitada surpreendem por dois motivos: foi proferida por um homem de 72 anos, ministro de Estado em um dos países com maiores expectativas de vida do mundo, além de ser um dos países que, culturalmente, mais valorizam a terceira idade.

                          Por outro lado, compreendi a mensagem que ele quis transmitir. Ele pecou por não ter se expressado da maneira correta, deixando de usar frases adequadas. Não ficou bem claro se ele se mostrou favorável às práticas da eutanásia e do suicídio assistido, mas, ao meu entendimento, ele talvez não estivesse se referindo a todos os idosos, mas apenas àqueles em estado terminal, e se mostrou contrário às práticas da distanásia, ou obstinação terapêutica, como preferir, que é o prolongamento artificial e doloroso da vida de pacientes sem possibilidades de mudanças para prognósticos favoráveis, aos quais caberiam apenas medidas de suporte paliativo. Pacientes em situações como essa não devem ficar desamparados. Devem seguir os cursos naturais dos epílogos de suas existências, mas sempre contando com os devidos amparos que minimizem os seus sofrimentos. Conversaremos mais sobre isto.
                     

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