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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O médico e o monstro 10


Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

Mateus 11, 28-30


                          Como já devo ter dito antes, venho sentindo, há pelo menos um mês, depois de completar dois anos de formado e de sentir, mais do que nunca, o peso desse status nas costas, uma necessidade maior de me sentar e de refletir um pouco mais sobre minha vida em geral.

                          Me sinto mais cansado, mais desgastado e mais desgostoso com a vida e com o trabalho do que costumava me sentir outrora, mas isto não quer dizer que esteja necessariamente a ponto de desistir de tudo. Não posso me dar esse luxo de abandonar o navio agora. Como devo ter dito antes, ainda ando sempre acompanhado por aquela sensação de que todo esforço está sendo inútil, porque parece que estou enxugando gelo, devido aos baixos retornos material e resolutivo, e de que estou sempre esquecendo alguma coisa para trás.


                          Como também já devo ter dito antes, estou com medo deste ano velho de 2013, porque, logo mais, ele também estará findando, o que, por um lado, é bom, mas, por outro lado, o tempo está correndo, e ainda há muito a ser feito, até que cheguemos ao seu final, quando terei de estar quase que completamente transformado em uma pessoa completamente diferente daquilo que represento hoje. Ainda tenho de trabalhar muito para esta metamorfose acontecer. Não vai ser fácil. Um dos principais ingredientes a serem adquiridos até lá é autoconfiança.

                          Nesta postagem, desejo começar a desabafar algumas das principais mazelas que enfrento no meu ofício, alguns calcanhares de Aquiles a serem superados, para que seja efetivada aquela metamorfose que mencionei, no parágrafo anterior.
                         

                          Um dos principais obstáculos a serem superados, na relação médico-paciente, é a dificuldade de estabelecer um vínculo duradouro e estável com um paciente. Ainda não encontrei um paciente para chamar de meu e que pudesse permitir com segurança que ele me tomasse como um médico para chamar de seu, alguém a quem pudesse tranquilamente fornecer um número de telefone e a quem pudesse me disponibilizar a atender 24h por dia.

                          Ainda não me sinto seguro o suficiente para assumir os cuidados de uma mesma pessoa de maneira longitudinal, ou seja, à longo prazo. Tenho medo de ter que carregar essa pessoa nas costas sozinho e, no meio do caminho, tropeçar numa pedra, de cair no chão e de não ter mais forças para me reeerguer com aquela pessoa. Por isso, não me agrada muito que alguns pacientes que consulto, em alguns ambientes de trabalho, aprendam meu nome e fiquem pegando no meu pé.

                          Dentre meus ambientes de trabalho, aquele que me tem possibilitado estabelecer algum vínculo um pouco prolongado com alguns pacientes é a minha residência médica. Ainda sim, este vínculo se limita ao período em que eu estiver estagiando em um determinado setor da residência, como um CAPS infantil, por exemplo. Nos outros ambientes de trabalho, o contato com os pacientes é mais efêmero, porque eles em geral estão comigo apenas de passagem. Quiçá, esse meu temor em assumir um paciente em caráter permanente, pelo maior tempo possível, se deva àquela minha velha sensação de estar sendo usado como um burro de cargas ou um saco de pancadas do resto do mundo. Depois quero conversar mais sobre isso.

                          Por essas e outras, tenho praticamente vivido como um garoto de programa na medicina. Não apenas por conta dessas relações de aluguel passageiras com os pacientes, mas também porque, nos últimos dois anos, para pagar minhas contas e ir sobrevivendo, me submeti a alguns trabalhos mal compensados e desgastantes, além de desestimulantes, para os quais não estava psicológica e tecnicamente tão preparado como esperava estar. Depois quero conversar mais sobre isto.

                          Falando em peso nas costas, o vídeo a seguir tem uma mensagem dirigida a você que também está passando por esta situação.

   
                        
                         
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