Apesar dos problemas que vimos enfrentando, nas vidas individuais e coletivas, é muito difícil não se envolver e não se deixar levar por esse clima de copa, principalmente para alguém que já gosta de futebol por natureza, de ver boas partidas de futebol com muitos dribles e gols, especialmente do seu time, mesmo que você não saiba jogar futebol. Assim, o brasileiro parece já ter se esquecido de que, há quase um mês, vivenciamos uma situação caótica e apocalíptica, quando os caminhoneiros cruzaram os braços, desencadeando um desabastecimento quase que completo de combustíveis e de outros insumos essenciais à sobrevivência, culminando também num efeito dominó, em toda a sociedade.
Quando a bola rola, não tem jeito. Costumamos deixar de lado nossas diferenças, porém nos esquecemos também da maioria de nossos problemas. É difícil não se deixar empolgar, principalmente quando a Seleção Brasileira se mostra promissora. Afinal, ela espelha cada brasileiro e seu desejo de ser vencedor em qualquer coisa na vida. O técnico Tite inspira muita confiança. Ele conseguiu montar uma equipe muito superior àquela que disputou o mundial de 2014 dentro de casa e que teve um desempenho excepcional nas Eliminatórias, sendo uma das primeiras seleções a se classificar para o campeonato.
Entretanto, depois do jogo do estreia do Brasil, que terminou em empate de 1 a 1 com a Suíça, o ânimo do torcedor e a crença dele no time arrefeceram um pouco. Já era esperado um jogo médio a difícil, considerando o bom nível técnico do adversário, mas preocupa o fato de o time não ter apresentado um desempenho satisfatório em campo. Ele ainda apresenta muitas falhas, como passes lentos e errados, por exemplo. Jogadores como Neymar, por exemplo, não apresentaram rendimento esperado. Tudo bem que ele foi bastante marcado, e a maioria das faltas cometidas pelo outro time o afetaram, mas ele também esticou demais a baladeira, caindo muito e se contorcendo muito no chão. Estranhamente, são coisas que não costumam acontecer, quando ele está jogando no Paris Saint Germain (PSG).
É preocupante observar que, mais uma vez, no elenco da Seleção, parecem se destacar a vaidade e a futilidade, em detrimento do amor à camisa e da raça em campo. Jogadores se destacam por extravagâncias nas condutas e nos visuais, mais do que por suas performances com a bola nos pés, fazendo o Brasil virar motivo de piada, mais uma vez. E, outra vez, parece que o desempenho individual de alguns jogadores deve se evidenciar mais que o desempenho global do grupo. De qualquer maneira, devemos aguardar o final desta fase de grupos para fazer um melhor prognóstico e estimar o quão longe o Brasil deve ir na competição.
Boa sorte nas próximas etapas e bom final de semana a todos.
---X---
Nenhum comentário:
Postar um comentário