A Pandemia não parou o mundo completamente. Ela congelou parcialmente muitas vidas, forçando uma hibernação em massa, quase uma nova era glacial. Foi algo inicialmente bom para aqueles casais enamorados que ficaram presos juntos em seus ninhos, mas muitos relacionamentos foram postos à prova. Com a chegada da primavera ao hemisfério sul, os passarinhos saem dos ninhos a cantar, a vida volta a se aquecer e a se movimentar, aquecendo até demais, por sinal, queimando florestas e enchendo o ar de fumaça. De todo modo, espera-se que a vida ressurja das cinzas, outra vez.
Muitas coisas acontecem no mundo. Por exemplo, o arroz está mais caro, no comércio, ao ponto de sugerirem que o brasileiro troque o arroz por alimentos de massa de trigo, como macarrão, por exemplo. Isso traria outro problema, pois os preços dos alimentos derivados do trigo também dependem da cotação do dólar. De todo modo, esse aumento no preço do arroz é algo injustificável, porque a produção agrícola e o abastecimento de alimentos não foram tão afetados assim pela Pandemia, pois os supermercados, por exemplo, continuaram sendo supridos e abertos ao público.
A Organização das Nações Unidas completou 75 anos de fundação. Criada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com intuito de tentar promover a paz mundial e evitar novas guerras de grandes proporções, pela primeira vez em sua história, realizou sua assembleia geral anual de maneira virtual, devido à Pandemia. Tradicionalmente, as edições da encontro são abertas por um representante do Brasil, que foi um dos países fundadores da organização. Desta feita, o presidente Bolsonaro enviou seu pronunciamento de abertura dos trabalhos gravado em vídeo.
Na Pandemia, a criminalidade em nossa terra só cresceu. As guerras continuam, como se nada demais acontecesse. Os criminosos impuseram toques de recolher às populações de seus domínios, mas eles mesmo não cumpriram quarentena, conforme as determinações do poder público. Pelo contrário, à sombra das autoridades, que estão mais preocupadas em vencer a COVID-19, aparentemente, eles intensificaram seus atos. No Ceará, por exemplo, a matança continua, como se estivessem matando animais, por inúmeros motivos.
Por vezes, as pessoas precisam levar um bom “presta atenção” da vida. Ao menos esse resfriamento bruto do planeta, seguido de um reaquecimento, serviu para dar uma boa chacoalhada na humanidade. É impossível que ao menos 1% da população mundial, com esta Pandemia, NÃO tenha aprendido a viver melhor e deixado de banalizar a vida. Por vezes, somos chamados à atenção para a necessidade de sentar para planejar e organizar a vida, na pressão de sempre produzir novidades. Que venha mais um novo mês, então, com novidades, e que venha logo um novo ano. À propósito, o ano novo judaico também já começou, há algumas semanas, neste começo de primavera também.
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