Afinal de contas, o que você aprendeu ao longo do ano que pode ser aproveitado nos anos vindouros, sempre com a esperança de que a vida seja cada vez melhor? Teria aprendido, por exemplo, a aproveitar melhor seu tempo e investi-lo no que, além de render à longo prazo, lhe apraz? Até quando você pretende viver como aquela formiguinha do conto da cigarra, que só vive obcecadamente para trabalhar? Espera-se que tenha aprendido, por exemplo, a dar e receber mais amor, o quanto antes, porque não se sabe até quando você terá oportunidades para fazê-lo.
Se estiver chateado com algum erro, perda ou frustração, principalmente de coisas materiais, saiba que outras pessoas tiveram perdas irreparáveis e bem mais graves que a sua e que, portanto, elas têm motivos bem mais sérios que os seus para estar tristes hoje. Sendo assim, que Deus lhe ajude a romper com o passado, sem temer o futuro, com serenidade para aceitar o que não puder mudar, coragem para mudar o que puder e bom senso para discernir as duas coisas.
Se você ainda está aqui e de pé, é porque a vida se renova, todo ano, como a Fênix renascendo das cinzas. Enquanto você está com vida, pode até cair, mas torna a se levantar, em algum momento, sempre surgindo e se reinventando, em locais diferentes e fazendo coisas diferentes, porque a vida continua. Enquanto há vida, há esperança, e você segue acreditando em seu time favorito de futebol, até o fim, por exemplo. À propósito, até que ponto você valoriza sua vida mesmo?
Lembre-se de que para beber uma limonada bem gelada, é preciso espremer os limões. Ou seja, para provar do suco das frutas ou de outras possíveis bebesses da vida, é preciso trabalhar, a não ser que você seja um daqueles pobres coitados dignos de pena que merecem ser sustentados pelo Estado.
Não que o dia esteja ruim, mas você sente a diferença entre estar nas casas dos vinte e dos trinta anos. Aí você se lembra de muitas das músicas de Belchior, cujo tema preponderante era a saudade da juventude, que traçavam um paralelo entre as buscas por sobrevivência, aventuras e realização de sonhos de ontem e a acomodação à vida doméstica de hoje. Contudo, isso leva ao aprendizado de que se deve deixar o passado para trás, sem medo de começar algo novo e de trilhar um caminho novo.
Haverá dias em que nada que se tenha ou que se faça na vida pareça ter sentido. Dias em que nada na vida tem graça ou sentido, quando não há vida. Dias em que, mais do que nunca, você liga o rádio em busca de uma emissora que lhe apresente algo conveniente aos ouvidos, a fim de entender o que acontece dentro e ao redor, além de tentar ouvir o que Deus tem a dizer. De todo modo, espera-se que essa aprazível espera pelo novo nos ensine cada vez mais a desenvolver bons hábitos que devem se manter ao longo de todo o próximo ano, pelo menos. E que venham os dias melhores tão esperados. Enquanto isso, seguimos aqui destilando emoções, conforme experiências de vida.
O blog Jardim das Garrafas Digitais deseja um Feliz 2020 a todos!!!
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