O que faz do período natalino uma época tão especial, alegre e festiva, dando a impressão de que o melhor da viagem é curtir o percurso? Talvez seja aquela espera gostosa por algo que não se faz nem acontece habitualmente, especialmente para as crianças, que, além da festa com fartura em comida, e de umas poucas oportunidades de ficar acordadas e brincando, até altas horas, esperam ganhar presentes. Só é preocupante que elas sejam ensinadas a esperar apenas o Papai Noel com seus presentes, quando deveriam esperar também, e principalmente, o Menino Jesus, que é o melhor presente de todos. Porque o Natal sem Jesus, definitivamente, não tem graça.
O período do Advento, que corresponde às quatro semanas que precedem o Natal, segundo a tradição católica, vem sendo antecipado e prolongado estrategicamente pelas campanhas publicitárias do comércio. Praticamente às vésperas do Natal, a famosa Black Friday foi logo abarcada nesse contexto, quando as pessoas aproveitam a oportunidade para comprar muito, porque estão sempre em busca de coisas novas para preencher suas vidas. Não tardam que estabelecimentos, templos, ruas e casas sejam tomados pela decoração típica da época, que enche de alegria muitos olhos e corações.
O Natal reacende muitas esperanças, principalmente para aqueles considerados excluídos da sociedade, que passam o ano inteiro sem direito à coisa alguma. Eles veem no Papai Noel, principalmente, uma esperança de ganhar algo novo de presente.
O evento que deu origem à festa do Natal foi um evento aparentemente corriqueiro, numa noite aparentemente comum. Um casal de peregrinos precisou pernoitar num estábulo, onde a mulher deu à luz seu filho. Na verdade, aquele não era um casal qualquer, pois ele percorreu um longo caminho para chegar lá, e aquele era um bebê especial, pela peculiaridade com que foi gerado, mas levaria algum tempo para que a humanidade desse a devida relevância ao que aconteceu, naquela noite, quando apenas três pastores no campo perceberam que aquela não era uma noite qualquer, porque viram uma estrela a mais no céu e foram convocados pelos anjos que cantavam nos céus para adorar o Pequeno Grande, que viria ainda a ser reverenciado por três outros reis.
O Natal também é celebrado em alguns países que não são predominantemente cristãos, cada um com suas peculiaridades folclóricas, seja pela influência comercial como também pela percepção de que é uma festa que, em tese, aproxima as pessoas. No Japão, por exemplo, o Natal assumiu o papel de uma espécie de Dia de São Valentim. De todo modo, o Natal não deixa de ser mais bonito no Brasil, modéstia à parte, porque temos o privilégio de saber, teoricamente, o que ele representa de verdade, e sentir melhor seu verdadeiro sabor.
Feliz Natal!!!
O consumismo é o novo (não tão novo na verdade) arreio social.
ResponderExcluirAs datas comemorativas, os costumes e os verdadeiros significados têm sido alvo há anos desse modus operandi. Infelizmente podemos considerar privilegiados aqueles que enxergam essa manobra e dela conseguem se desvencilhar.