Nesse feriadão de independência, muitos daqueles que pensam que a Pandemia já foi completamente superada resolveram dar seus gritos de independência. Não se falou em outra coisa, na imprensa cearense, que não fossem as aglomerações nas praias, principalmente em Jericoacoara, o que despertou temor de que as infecções por Coronavírus voltassem a aumentar, como teria acontecido em parte da Europa, após a liberação de parte das atividades econômicas, do retorno da circulação de pessoas e de formação de aglomerações. O Ceará teria chegado a registrar novo aumento nas mortes por COVID-19, ao longo da semana.
Por outro, no feriadão, finalmente, os templos católicos no Ceará reabriram, apesar das limitações de público. Em princípio, foi defendida a posição da Igreja Católica no Ceará, em esperar por um momento mais oportuno para reabrir os templos católicos para as missas presenciais, acolhendo os fiéis em suas plenas capacidades, com os devidos cuidados de higiene e sem discriminação. Entretanto, considerando que outras atividades relativamente menos essenciais que o exercício coletivo da espiritualidade já voltaram com toda a carga, talvez já estivesse mesmo na hora de começar a pensar num retorno imediato, ainda que lento e gradual.
Uma entidade representativa dos interesses das escolas particulares cearenses lançou campanha publicitária reivindicando do governo estadual o direito ao retorno às aulas, alegando que praias, bancos, lojas e transportes coletivos, por exemplo, estariam lotados, enquanto escolas estariam vazias. Em parte, essa reivindicação até procede, mas há de se levar em conta o medo da maioria dos pais em permitir que seus filhos voltem às escolas e fiquem muito próximos de outros alunos. Muitos pais talvez só se sintam mais seguros, quando houver ampla campanha de vacinação disponível ao público.
Por outro lado, não se pode ignorar a situação daqueles estudantes que deveriam concluir o Ensino Médio, em 2020, e que almejam continuar seus estudos, no Ensino Superior. As provas do ENEM já foram adiadas para janeiro de 2021, com as devidas adaptações de medidas de segurança sanitárias necessárias à aplicação do certame, mas não há dúvidas de que os estudantes que continuam assistindo às suas aulas por meios remotos (rádio, TV ou internet) terão ampla vantagem em relação àqueles que não têm como cumprir suas atividades escolares por aqueles meios e que, portanto, estão sem aulas.
Mas como isso se daria todo esse retorno ao dito "novo normal", nas distintas áreas? Por que não começar a coletar experiência de outros lugares que já retomaram suas rotinas, com bom senso e segurança? Para uns, deu certo. Para outros, alguma coisa deu errado. O importante é que precisamos todos voltar, um dia, quando a poeira baixar. Não poderemos nos esconder para sempre.
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