Ninguém é insubstituível. Você já deve ter ouvido essa frase, nalgum lugar. Entretanto, ainda há quem se prenda obcecadamente a certas coisas ou pessoas. É claro que cada coisa ou pessoa tem suas peculiaridades e deixa suas marcas próprias no mundo, mas parece que você ainda se permite receber visitas dos mortos, ou mesmo sai à procura deles, eventual e sorrateiramente.
Por que você insiste em viver em função de quem não
vive em sua função, ou porque não pode ou porque não quer? Por que insiste em buscar suas respostas no passado? Não se cansa de ouvir o mesmo LP, o mesmo CD, a mesma estação ou o que quer que seja? Por que não sai de uma vez desse samba de uma nota só?
Por que, antes de sair de casa, você não se olha no espelho e ao seu redor? Ou você pensa que é a única pessoa no mundo com problemas? Quando você se sente só, você acha que é a única pessoa que se sente só, mesmo estando no meio de uma multidão? Você se considera mais digna de atenção, de carinho e de outros direitos do que outras pessoas que se sintam desamparadas?
Você nasceu completamente despido, o elo físico entre você e sua mãe foi rompido, e, daí em diante, você começou a estabelecer gradativamente sozinho seus elos afetivos, inicialmente com seus pais, depois com outras pessoas e coisas de seu interesse. Ao longo dos anos, muitos elos em sua vida se romperam e outros se criaram. Alguns desses processos de formação e de dissolução de conexões foram traumáticos e dolorosos. Outros, não. O importante é que você sobreviveu a todos eles. É chegada a hora de novamente rever seus vínculos, de desatar os nós que impedem de pensar fora da caixa e de crescer, para se permitir experimentar o novo.
Você não depende estritamente disso ou daquilo para viver. Você só depende de si mesmo. Portanto, foco no essencial.
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Muito ,difícil, mas certamente o correto. Dar asas ao novo e difícil quando a gente não quer sair do casulo, carapaca que parece nós proteger do mal e das pessoas mas.
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