Um certo candidato à governador do Ceará propôs criar um sistema de avaliação dos serviços prestados pelos trabalhadores das instituições públicas estaduais de saúde, por meio da aplicação de notas a estes pelos pacientes ou por seus representantes, condicionando o pagamento de gratificações aos profissionais à obtenção de boas notas por toda a equipe de saúde em atividade.
Há pessoas e pessoas. Imagine os funcionários de hospitais e de policlínicas, por exemplo, principalmente os médicos, sendo reféns dos usuários, especialmente quando há entre os usuários aqueles indivíduos que chegam aos estabelecimentos de saúde públicos ou privados, como se fossem donos desses lugares, por vezes atrasados ou fora dos dias e horários marcados para as consultas, no caso dos serviços de atendimentos eletivos por agendamentos, por vezes acompanhados de comitivas, que, às vezes, são compostas até por crianças, como se estivessem saindo com suas famílias para um passeio na praia ou no shopping center ou para um piquenique, por vezes ostentando suas queixas aparentes como se fossem as penas de um pavão, como se precisassem do maior número de argumentos possíveis para mostrar a todos e convencê-los de que estão mais doentes que os outros usuários e, assim, mais merecedores de cuidados que estes.
Desde que o SUS foi oficialmente criado, com a promulgação da Constituição vigente, em 1988, vindo a ser posteriormente balizado pelas leis 8080/1990 e 8142/1990, existem mecanismos que permitem à população participar de maneira mais ativa e mais direta da gestão do sistema de saúde pública. Um desses mecanismos seria por meio dos conselhos municipais, estaduais e nacional de saúde, que são entidades responsáveis pelo controle social do SUS, nas três esferas governamentais, que devem reunir representantes de diversos segmentos da sociedade civil, para representarem os usuários, além de representantes dos profissionais da saúde, do nível de governo em questão e dos prestadores de serviços, que são os estabelecimentos de saúde públicos ou privados que atendem a clientela do SUS. Para saber mais sobre as formas de participação popular no Sistema Único de Saúde, sugerimos os links a seguir:
Dar mais poderes aos usuários do que os que eles já têm, mas não sabem, permitindo que eles avaliem apenas o quadro de pessoal dos serviços de saúde, sem levar em conta a infraestrutura, dispondo de poucos critérios técnicos e de muita subjetividade, é colocar sobre as costas dos profissionais o fardo da culpa das mazelas do sistema.
Independentemente de notas e de questões salariais ou estruturais, todos os personagens envolvidos, em ambos os lados, devem procurar tratar bem um ao outro, porque um pouco de gentileza e de educação não sai caro. Como todos gostamos de ser bem recebidos e bem tratados, aonde chegamos, devemos, portanto, nos esforçar também para receber e tratar bem quem nos procura, não é mesmo???
Felicitamos nossos companheiros médicos pela passagem deste nosso dia, porque, embora não tenhamos muito o que comemorar, nossa profissão ainda tem sua honra e seus valores.
Há pessoas e pessoas. Imagine os funcionários de hospitais e de policlínicas, por exemplo, principalmente os médicos, sendo reféns dos usuários, especialmente quando há entre os usuários aqueles indivíduos que chegam aos estabelecimentos de saúde públicos ou privados, como se fossem donos desses lugares, por vezes atrasados ou fora dos dias e horários marcados para as consultas, no caso dos serviços de atendimentos eletivos por agendamentos, por vezes acompanhados de comitivas, que, às vezes, são compostas até por crianças, como se estivessem saindo com suas famílias para um passeio na praia ou no shopping center ou para um piquenique, por vezes ostentando suas queixas aparentes como se fossem as penas de um pavão, como se precisassem do maior número de argumentos possíveis para mostrar a todos e convencê-los de que estão mais doentes que os outros usuários e, assim, mais merecedores de cuidados que estes.
Desde que o SUS foi oficialmente criado, com a promulgação da Constituição vigente, em 1988, vindo a ser posteriormente balizado pelas leis 8080/1990 e 8142/1990, existem mecanismos que permitem à população participar de maneira mais ativa e mais direta da gestão do sistema de saúde pública. Um desses mecanismos seria por meio dos conselhos municipais, estaduais e nacional de saúde, que são entidades responsáveis pelo controle social do SUS, nas três esferas governamentais, que devem reunir representantes de diversos segmentos da sociedade civil, para representarem os usuários, além de representantes dos profissionais da saúde, do nível de governo em questão e dos prestadores de serviços, que são os estabelecimentos de saúde públicos ou privados que atendem a clientela do SUS. Para saber mais sobre as formas de participação popular no Sistema Único de Saúde, sugerimos os links a seguir:
- http://www.mpba.mp.br/atuacao/saude/reuniao/conselho_municipal.pdf;
- http://www.portaltransparencia.gov.br/controleSocial/ConselhosMunicipaiseControleSocial.asp;
- http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2057626.PDF.
Dar mais poderes aos usuários do que os que eles já têm, mas não sabem, permitindo que eles avaliem apenas o quadro de pessoal dos serviços de saúde, sem levar em conta a infraestrutura, dispondo de poucos critérios técnicos e de muita subjetividade, é colocar sobre as costas dos profissionais o fardo da culpa das mazelas do sistema.
Independentemente de notas e de questões salariais ou estruturais, todos os personagens envolvidos, em ambos os lados, devem procurar tratar bem um ao outro, porque um pouco de gentileza e de educação não sai caro. Como todos gostamos de ser bem recebidos e bem tratados, aonde chegamos, devemos, portanto, nos esforçar também para receber e tratar bem quem nos procura, não é mesmo???
Felicitamos nossos companheiros médicos pela passagem deste nosso dia, porque, embora não tenhamos muito o que comemorar, nossa profissão ainda tem sua honra e seus valores.
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