"E demitir-te-ei do teu posto; e da tua categoria serás derrubado. Naquele dia chamarei a meu servo Eliaquim, filho de Hilquias, e vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas mãos o teu governo; e ele será como pai para os moradores de Jerusalém, e para a casa de Judá. Porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro; ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá. E fixá-lo-ei como a um prego num lugar firme; e será como um trono de honra para a casa de seu pai".
Até minha adolescência, sempre sonhei com o dia em que algum partido ou facção política que se identificasse com as causas populares tivesse voz e vez. Porque, até então, somente os grupos políticos que, apesar de certa popularidade, estavam mais alinhados aos interesses das grandes empresas, principalmente dos conglomerados bancários, é que se manifestavam e encantavam, com seus instrumentais publicitários que soavam como cantos de sereias. Aquele grupo que estava na situação outrora tomava algumas medidas isoladas que arrancaram aplausos, mas que beneficiaram apenas populações restritas. Por isso, ainda há quem fale bem deles e diga que sente saudades deles.
Esse é um dos principais motivos para não votarmos nesse grupo. Além disso, como já foi dito, o Governo Federal precariza as relações de trabalho, não somente dos médicos, mas de todos os profissionais da saúde. Em vez de realizar concursos públicos e estabelecer carreiras de Estado, prefere fazer arranjos na maioria das vezes verbais, por meio de contratos verbais, sem carteira assinada, sem férias remuneradas, sem décimo-terceiro, sem FGTS, enfim, sem mais direitos trabalhistas. Na melhor das hipóteses, fazem-se seleções para contratação temporária por meio das regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Os Estados e os municípios seguem o mau exemplo da União, e os profissionais da saúde recebem intensas cobranças por parte do poder público, da sociedade, das empresas, dos gestores de saúde e de outros profissionais da saúde.
Admitimos também que o governo promoveu um combate à miséria sem precedentes, o que ajudou, de certa forma, as pessoas mais humildes a terem um pouco mais qualidade de vida, não somente por meio de seus programas assistencialistas, mas porque também houve alguma geração de emprego e de renda, além da ampliação do acesso aos estudos.
A hora da verdade está chegando. O Ceará e o Brasil devem decidir se continuam com os paradigmas atuais de governo e pela permanência do grupo político atual na regência. Uma considerável parte da população já se mostra insatisfeita com os modelos presentes. Então, faz-se necessária uma coalizão ampla para substituir o grupo político vigente, por vias lícitas e democráticas. Mas, o que deveria ser feito, em seguida? Saberiam os próximos governantes fazer melhor? Ou ficariam como cegos em tiroteio, sem saber conduzir o governo?
Bem, provavelmente outros virão e farão o mesmo que o governo atual, mas estaremos lá para retirarmos eles do poder também, do mesmo modo, se nos deixarem descontentes.
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