Está previsto para hoje evento oficial em Brasília, para marcar esta data, no qual, obviamente, só podem tomar parte aqueles que estão com os poderes nas mãos, metralhando rajadas de balas de intimidação para todos os lados, a fim de atingir quem eles pensam que pretende comemorar aquilo que algumas mentes psicóticas e paranoides chamam de "tentativa de golpe". Não se trata de uma questão de comemorar, como se fosse um dia de jogo da Seleção Brasileira de Futebol, em Copa do Mundo, fazendo festa, bebendo cerveja, soltando fogos de artifício, dançando ao som de música alta, enfim, nada disso. Até porque, nesta segunda-feira, pressupõe-se que a maioria dos brasileiros estará ocupada e trabalhando, exceto quem estiver de férias ou doente, obviamente. Antes de tudo, é uma questão de se esboçar reflexões e mais reflexões, para melhor tentar entender o que aconteceu e tentar evitar o pior. O caminho e a defesa da verdade pode não ser tão fácil assim, e as respostas podem não ser tão simples e óbvias quanto possam parecer. Chegaram a instalar uma CPMI, no Congresso Nacional, sem resultados satisfatórios.
E eis que surge agora uma nova história: uma hipótese de um grandioso, audacioso e fantasioso plano conspiratório contra membros do poder, tal como foram, por exemplo, o plano Cohen, no começo do Estado Novo da Era Vargas, e a Operação Valquíria, no contexto de um atentado contra Hitler que resultasse em sua morte. Juntamente com o argumento de fake news sendo indevidamente propagadas em redes sociais, independentemente de terem cunho político ou não, mas que já teriam culminado em tragédias, aliás, fomentando a ânsia pela regulação estatal da internet, em algumas mentes, soma-se mais um pretexto para que se crie uma atmosfera de ameaça golpista e terrorista contra o Estado Democrático de Direito, com vistas a estabelecer uma ditadura disfarçada, com a desculpa de defender a democracia.
Uma coisa seria aquele grupo de pessoas se unir e partir rumo a Brasília, com aquele intuito em mente. Outra coisa completamente diferente e que desperta estranheza e curiosidade é o fato de que eles conseguiram chegar lá com tanta facilidade. O que há mesmo por trás de tudo aquilo? Obviamente, como já foi dito, aquilo que eles fizeram não foi nada certo, mas querem desviar o foco da opinião pública, querendo tomar os envolvidos naquele episódio, denominado por alguns fanáticos da política e da imprensa como "atentado terrorista" ou "golpe", como as piores ameaças públicas possíveis. O governo e os meios de comunicação dão tanta ênfase a isso, como se quisessem fazer com que os presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro do ano passado se pareçam mais perigosos para a sociedade do que, por exemplo, os membros de facções criminosas que se alastram e aterrorizam, roubando, molestando, mutilando, matando e traficando, não necessariamente nessa ordem, Brasil afora, ou que um certo traficante libertado por altas cortes e com seus bens restituídos. Parecem querer usar aqueles detidos para que sirvam de exemplo, numa forma de demonstração de força, para que TODOS os brasileiros saibam quem manda no Brasil, de fato. O poder está longe de ser ostentado por quem foi eleito de verdade pelas urnas.
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