Você já percebeu que este ano, que era chamado de Ano Novo, até bem pouco tempo atrás, já se faz bastante adiantado. O colorido das luzes das festas de fim de ano já ficou para trás. Ele já desapareceu, para dar lugar ao colorido de mais um Carnaval que se aproxima. E, assim, pouco a pouco, vamos nos desprendendo do que ficou para trás, até que possamos nos reencontrar com uma parte dele ou algo parecido, logo mais novamente. É o ciclo da vida. Para você, o ano já começou? Ou já está quase acabando novamente também?
Você já deve ter percebido, mesmo que não tenha filhos, que as férias escolares das crianças e dos adolescentes estão, aparentemente, cada vez mais curtas. Antigamente, o ano letivo no Brasil, para escolas públicas e particulares, começava na primeira semana de fevereiro, pausava na última semana de junho, para as férias escolares do meio do ano, recomeçava na primeira semana de agosto e se encerrava, no mais tardar, na primeira semana de dezembro. Pode ter havido alguma necessidade de ajustes de cargas horárias, principalmente para os estudantes do ensino médio, que precisam cada vez mais cedo começar os preparativos para enfrentar as provas do ENEM e de outros exames vestibulares, que tomam lugar, cada vez mais precocemente, antes do final de cada ano.
E, assim, fecha-se mais um ciclo, para a abertura de outro. E, assim, sucessivamente. E nossas crianças vão crescendo e envelhecendo também, juntamente conosco. Temos que ir nos desapegando delas e de nós mesmos. Cada volta às aulas para elas, temos que passar mais tempo afastados delas, sem vê-las felizes e sem sentir a energia emanada por elas, como outrora. Cada volta às aulas é, grosso modo, uma despedida ou um "até logo", sabendo que, ao final deste ciclo, elas já não serão mais as mesmas. Nós, também não. Temos desfrutado, verdadeira e adequadamente, do melhor tempo possível com nossos filhos, enquanto podemos? Dizem que, com eles por perto, os dias são longos, mas os anos são curtos. Eles nos dão trabalho, despesa e preocupação também, quando estão perto e debaixo das nossas asas, dentro de casa. Quando crescerem, tenderão a se afastar cada vez mais de nós, e nos deixar preocupados com a segurança deles, fora de casa. O que estarão eles fazendo e que caminhos tomarão, quando começarem a ser afrontados pelas exigências e pelos níveis de estresse da vida adulta???
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