Como você já deve saber, em algumas regiões do planeta Terra, a natureza se apresenta sempre com roupagens distintas, em quatro momentos bem peculiares, assim como aqueles quatro humores da antiguidade, ao longo do ano: verão, outono, inverno e primavera. Pois bem, as festas de fim de ano marcam não apenas a transição entre anos, mas também entre estações: do outono para o inverno, no hemisfério norte, e da primavera para o verão, no hemisfério sul.
Aonde queremos chegar, afinal? Repare que, assim como a natureza, as cidades e as civilizações humanas também mudam suas cores, sazonalmente, ao longo do ano. Compare a paisagem urbana, em épocas como Carnaval, Páscoa, Festas Juninas, Copa do Mundo de Futebol, Dia da Independência e Natal, por exemplo. Em dados momentos, as ruas e as casas ganham enfeites de cores e motivos distintos e, por vezes, até luzes coloridas e intermitentes. Noutros momentos, predominam as cinzas do concreto e as trevas do asfalto, sem graça alguma, amenizados apenas pelo verde da vegetação, onde ela ainda é preservada. No mais, tudo em volta é seco. Tudo ao redor é vazio, na maior parte do tempo.
O Natal, por exemplo, é uma época linda, principalmente para os olhos das crianças, mas não podemos permanecer com os enfeites natalinos. É preciso que o Natal passe, para dar passagem às novas velhas estações, até que ele possa retornar, neste carrossel do tempo, um dia. O melhor que podemos fazer é tentar manter vivos os bons sentimentos e atitudes suscitados, nesta época do ano.
São fases. Tudo na vida é uma questão de fases. Como o mundo gira, essa alternância de fases é necessária para nossa sobrevivência. Num dia, precisamos de chuva, Noutro dia, precisamos de sol. Um dia para plantar. Outro dia para colher. Como diz a filosofia popular, em nossa região, tudo na vida é passageiro, inclusive a própria vida humana, menos o motorista e o cobrador de ônibus. Mas o resto sempre volta. Portanto, um dia, quando menos esperar, eis que, de repente...
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