Apesar do título, esta postagem não vem trazer um comentário sobre uma superprodução cinematográfica clássica. O que acontece é que, depois de alguns meses de ausência, estamos voltando e observando que, embora muitas coisas tenham acontecido no mundo, de uns tempos para cá, o que vemos é que o mundo parece ter mudado e retrocedido a um estágio de desenvolvimento característico de décadas atrás, o que pode ter correlação com a devastação causada pela Pandemia, ou não. Conforme aponta o trecho supracitado do Antigo Testamento, na Era Pré-Cristã, surgiu a Teoria do Resto ou Residuum revertetur ("O resto voltará"), segundo a qual aquilo que tende a ser um resto fadado a desaparecer por completo pode vir a crescer novamente, como a fênix que brota das cinzas, para o bem ou para o mal. Essa teoria foi relembrada por São Clemente Maria Hofbauer, um santo católico que viveu na Áustria, entre o fim do século XVIII e o início do século XIX, época de grandes reviravoltas políticas na Europa e nas Américas, inspiradas no Iluminismo.
Você já não teve também aquela sensação de deja vú, como se o Brasil e o mundo tivessem retrocedido vinte anos, por exemplo? Observe que, tal como no ano da graça de 2001, o Brasil está sob uma nova crise energética, com ameaça de racionamento elétrico de novo. O brasileiro está pagando cada vez mais caro não apenas pela energia elétrica, mas também pelos combustíveis, tudo provavelmente atrelado à elevada cotação do dólar, tal como em 2001.
Alguns dos maiores nomes da política brasileira, de orientação para a esquerda, voltam ao centro das atenções. Assim, cria-se o cenário perfeito para uma possível nova reviravolta na política, em 2022, assim como aconteceu em 2002, para o bem ou para o mal. Em compensação, pode ser que a Seleção Brasileira de Futebol seja campeã da próxima Copa do Mundo, como aconteceu em 2002, coincidência ou não.
No noticiário internacional, você viu que a milícia Talebã, que parecia vencida, voltou a crescer e a dominar o Afeganistão, e as tropas americanas resolveram desocupar aquele país, deixando o povo afegão entregue à própria sorte. Os Estados Unidos se retiraram do Afeganistão, talvez por já haverem perdido o interesse em lá permanecer, demonstrando que nenhuma guerra na história se deflagrou ou se sustentou por causas humanitárias. Coincidência ou não, a TV Globo está reprisando a novela O Clone, que fez sucesso, em fins de 2001, mesma época da ocupação americana no Afeganistão, abordando, dentre outras coisas, elementos da cultura árabe.
Resumindo, nos últimos vinte anos, parece que a humanidade deu dois passos para frente e um passo para trás. A Pandemia causada pelo novo Coronavírus pode ter contribuído para isso, em parte, devido à estagnação e retrocesso impactados no desenvolvimento da civilização, em todos os sentidos. Entretanto, observe as gerações de crianças que nasceram, ao longo dessas duas décadas. O que elas teriam de melhor a oferecer, em relação às gerações anteriores? Teriam sido elas realmente bem formadas? Teriam elas potencial para transformar o mundo num lugar melhor? Se você mora no Brasil, observe que a criminalidade, em nossas cidades, só cresce. Pessoas cada vez mais jovens optam pelo caminho do crime e se associam em facções criminosas que fazem o Estado, que é um gigante na hora de cobrar impostos, multas e outras obrigações do cidadão comum e indefeso, parecer cada vez mais uma miniatura.
Assim como a fênix e como este blog, que estava hibernando, há alguns meses, lembre-se: Residuum revertetur ("O resto voltará").
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