A série Armação Ilimitada, exibida pela TV Globo, entre os anos de 1985 e 1988, trazia os personagens Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André de Biase) como dois jovens que tinham uma pequena empresa prestadora de serviços, cujo nome era o título da série, na zona sul do Rio de Janeiro, que praticavam alguns esportes radicais e que, eventualmente, sem envolviam em aventuras, enfrentando criminosos, inclusive. Era uma série voltada para o público juvenil, de conteúdo bastante musical, bem trajada à caráter, conforme a cultura da época.
Avançando quase quatro décadas no tempo e voltando aos holofotes deste começo de século XXI, vimos surgir um novo escândalo, no cenário político. Vieram à tona planos bastante detalhados de uma facção criminosa, para sequestrar e/ou matar um senador da República, ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal, que teve um papel relevante, no começo da gestão anterior à frente do governo federal. Os criminosos demonstraram ter acesso às rotinas e outras informações privilegiadas do senador e de alguns de seus familiares, segundo informações apontadas pelos investigadores.
Pouco antes de esse plano contra o senador ser revelado, o atual presidente da República fez uma declaração informal e infeliz. Ele declarou que nutriu desejos de vingança, quando esteve preso, acusado de corrupção, há 5 anos, e, usando um termo de baixo calão, que ele chegou a pedir que fosse editado e/ou cortado do vídeo, logo em seguida, disse que pretendia prejudicar aquele senador, de algum modo, pois fora aquele senador que, na condição de juiz federal, o condenou, em primeira instância. Ao tomar ciência do plano de atentado contra o senador, descoberto pela Polícia Federal, em vez de tentar remediar a declaração anterior, o presidente apenas piorou as coisas, ao dizer que o plano não passaria de uma armação do senador, e contando com apoio redundante de seus apoiadores, para tripudiá-lo, demonstrando falta de mais maturidade.
Parece que nosso atual presidente fala como que se deixando influenciar pelo estilo de seu antecessor, pecando pela boca, falando mais do que deveria e destruindo sua imagem com as próprias palavras. E foi assim, de mancada em mancada, que o presidente anterior não conseguiu se reeleger. Em outra oportunidade, conversaremos mais sobre isso. Por ora, o atual presidente ainda parece contar com a sorte. Ele ainda goza de simpatia e de prestígio de boa parte dos brasileiros que o elegeram, principalmente daqueles que se identificam, de algum modo, com sua aparente ingenuidade.
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