Por esses dias, passando pelos arredores do Hemoce, lembrei-me da postagem "Flagrante do cotidiano 3". Vi, mais uma vez, um cabo telefônico muito baixo, daqueles que falta pouco para ser convertido em um cabo subterrâneo. Um amigo meu que estava comigo na ocasião perguntou porque nao poem pelo menos um sutiã para sustentar.
Olha, não sou perfeccionista, nem vivo andando pela cidade atrás dessas "pérolas". Estou postando isto aqui apenas como mais uma prova de desleixo do poder público e de empresas que prestam serviços a ele. São detalhes pequenos como este, que, unidos, mostram o abandono e a desordem aos quais nossas cidades estão sujeitas.
Só para você relaxar um pouco, depois de muito calor, na última terça-feira, Fortaleza foi refrescada por sua primeira grande chuva deste ano, até agora, e Sobral foi "batizada" um dia antes, embora sua média pluviométrica ainda esteja baixa. Mais uma vez, as águas de março vieram deixando marcas profundas. A foto abaixo foi obtida pelo amigo Felipe, do blog Com Ciência Brasil.
Isso tudo só vem a mostrar quão estamos despreparados para as chuvas. Sabemos que, apesar de nossa região ser semi-árida e ter quase todos os dias do ano ensolarados, a chuva vem de vez em quando e faz estragos. Os portugueses já perceberam isso, logo que chegaram aqui. Até hoje, não nos adaptamos. Nossa arquitetura, por exemplo, não é adaptada às chuvas. As casas mais humildes construídas no sertão, por exemplo, geralmente não têm forro no teto nem nas paredes, o que teoricamente as torna altamente permeáveis e frágeis. A foto abaixo foi tirada em uma casinha cenográfica, no Parque Asa Branca, em Exu, Pernambuco.
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