Depois de muitos óbices, chegam a Fortaleza, enfim, materiais para o enfrentamento da pandemia como, por exemplo, equipamentos de proteção individual, os EPIs, e kits para testes rápidos. Antes de qualquer coisa, é importante reflitir sobre a utilidade prática da informação a ser obtida com os testes rápidos ampliadas, embora países como a Coreia do Sul, por exemplo, tenham obtido maior controle sobre a pandemia, ao aplicarem testes em massa e obtido uma ideia maior sobre a expansão dela, naquele país.
O secretário estadual de saúde do Ceará prognosticou que logo todos os leitos de UTI do Ceará estarão ocupados com casos de COVID-19 e que, em maio, devem morrer diariamente 250 pessoas, só em Fortaleza. É um prognóstico muito sombrio, mas que, pela forma como as coisas estão evoluindo, nesta terra, tende a se concretizar. E não se podem questionar as palavras do secretário estadual de saúde, que já tem ampla experiência, não apenas como médico, mas também e sobretudo, como paciente da COVID-19.
Como se não bastasse, vemos uma exacerbação da violência, nesta terra. Criminosos não estão respeitando a quarentena e, mais do nunca, vão às ruas incomodar os trabalhadores que são obrigados a sair de casa e procurar seus rivais para matá-los, reacendendo as guerras entre facções, enquanto a polícia se vê forçada a cumprir quarentena, supostamente por cortes nos gastos com combustíveis. Por exemplo, a cidade de Groaíras, cerca de 240 Km de Fortaleza e próxima a Sobral, mesmo com acessos fechados para tentar amortecer a entrada do vírus, foi invadida por um bando de oportunistas que explodiu um banco.
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