Em alusão tardia ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e, ao mesmo tempo, oportuna, devido aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, sobre a qual falaremos mais, noutra oportunidade, você deve ter reparado que, nas últimas eleições, falou-se muito em preconceito. Um dos candidatos foi amplamente taxado de preconceituoso. Falas de conteúdo homofóbico, misógino e racista supostamente atribuídas à ele foram amplamente difundidas e reproduzidas até mesmo por crianças.
Afinal de contas, por que existe mesmo o preconceito no mundo? Todos temos o mesmo direito de estar no mundo, mas, às vezes, o simples fato de alguém, ou um grupo de pessoas semelhantes a esse alguém, estar no mundo já é motivo de desconforto para outro alguém, ou para um grupo formado por gente como esse outro alguém. Daí surge uma rivalidade parecida, e até mais violenta, com aquela existente entre torcidas de times de futebol, de coligações políticas ou de facções criminosas. O simples fato de A ser visto por B como um ser inferior, ser rotulado por B como rival e estar ocupando um lugar no espaço que B gostaria de ocupar já gera significativo incômodo na vida de B.
Fazemos votos para que, em 2019, o preconceito diminua drasticamente no Brasil, ao contrário do que muitos preconizaram, para esse novo governo. Porque preconceito é algo que já está mais que ultrapassado e não cabe, portanto, no século XXI. Precisamos focar, não em nossas diferenças, mas em nossos pontos em comum.
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