Um fato recente que, teoricamente, deixou o Ceará bem na foto, diante da mídia nacional, foi a eleição de uma jovem cearense para o cargo de Miss Brasil 2014. Depois de um bom tempo, uma mulher cearense deve representar o Brasil, no concurso Miss Universo, tendo o potencial para vir a ser considerada, teoricamente, a mulher mais linda do mundo.
Isso vem a calhar, especialmente neste mês que finda, porque, além de ser um mês especial para as mulheres, mês em que se dedicou uma atenção especial à saúde feminina, por meio da campanha Outubro Rosa, foi também um mês dedicado à cultura nordestina, cuja celebração foi centrada na data de 08 de outubro.
Neste mês cor de rosa da cultura nordestina, entristeceu-nos o fato de que a Miss Ceará e Brasil tornou-se alvo de discriminação nas redes sociais, quiçá ligadas ao fato de ser cearense. Não bastando isso, os nordestinos em geral também foram hostilizados nas redes sociais, após os anúncios dos resultados das eleições presidenciais, como se culpados fossem.
Você tem o direito de sentir antipatia e talvez até inveja de alguém que conseguir o que você não consegue. Ninguém é obrigado a gostar dos outros, mas, quando você faz uma declaração depreciativa se referindo ao sotaque da pessoa, sua crítica se estende às demais pessoas que falam com aquele sotaque, como se todas elas fossem inferiores a você, só porque falam com aquele sotaque. Ou seja, você emprega um golpe baixo para tentar denegrir a pessoa e acaba denegrindo outras pessoas que se identificam com ela, de alguma forma.
Certa vez, um amigo nosso esteve em São Paulo e sentiu que alguns cidadãos do lugar o olhavam diferente, pelo simples fato de ele ser nordestino. Depois eles nos contou que enfrentava o preconceito com orgulho, convicto de que o povo nordestino nada deve ao eixo Rio - São Paulo. O nordestino, apesar de todas as dificuldades, agora consegue encontrar meios de sobrevivência e de prosperidade em sua própria região. Ele não precisa mais migrar para o Sudeste. Se ele foi para lá, agora ele está voltando para casa, graças às transformações pelas quais o Brasil passou, de uns dez anos para cá. E estamos conscientes de que, se alguém está destruindo o Brasil, não somos nós.
Preconceitos à parte, para encerrarmos esta discussão e o mês, proponho a você, se for mulher, de onde quer que seja, algumas reflexões sobre os valores social e cultural desses concursos de beleza. Já expressamos neste espaço a nossa opinião. Agora gostaríamos de conhecer a sua.
Você, mulher, se sente representada pela modelo escolhida para representar sua cidade, seu Estado ou seu país??? Você concorda que ela representa fielmente o público feminino do lugar onde você vive, pelo menos em tese??? E você, homem, trocaria sua namorada ou esposa por alguma daquelas modelos ou misses???
E que venha um bom novembro.
Isso vem a calhar, especialmente neste mês que finda, porque, além de ser um mês especial para as mulheres, mês em que se dedicou uma atenção especial à saúde feminina, por meio da campanha Outubro Rosa, foi também um mês dedicado à cultura nordestina, cuja celebração foi centrada na data de 08 de outubro.
Neste mês cor de rosa da cultura nordestina, entristeceu-nos o fato de que a Miss Ceará e Brasil tornou-se alvo de discriminação nas redes sociais, quiçá ligadas ao fato de ser cearense. Não bastando isso, os nordestinos em geral também foram hostilizados nas redes sociais, após os anúncios dos resultados das eleições presidenciais, como se culpados fossem.
Você tem o direito de sentir antipatia e talvez até inveja de alguém que conseguir o que você não consegue. Ninguém é obrigado a gostar dos outros, mas, quando você faz uma declaração depreciativa se referindo ao sotaque da pessoa, sua crítica se estende às demais pessoas que falam com aquele sotaque, como se todas elas fossem inferiores a você, só porque falam com aquele sotaque. Ou seja, você emprega um golpe baixo para tentar denegrir a pessoa e acaba denegrindo outras pessoas que se identificam com ela, de alguma forma.
Certa vez, um amigo nosso esteve em São Paulo e sentiu que alguns cidadãos do lugar o olhavam diferente, pelo simples fato de ele ser nordestino. Depois eles nos contou que enfrentava o preconceito com orgulho, convicto de que o povo nordestino nada deve ao eixo Rio - São Paulo. O nordestino, apesar de todas as dificuldades, agora consegue encontrar meios de sobrevivência e de prosperidade em sua própria região. Ele não precisa mais migrar para o Sudeste. Se ele foi para lá, agora ele está voltando para casa, graças às transformações pelas quais o Brasil passou, de uns dez anos para cá. E estamos conscientes de que, se alguém está destruindo o Brasil, não somos nós.
Preconceitos à parte, para encerrarmos esta discussão e o mês, proponho a você, se for mulher, de onde quer que seja, algumas reflexões sobre os valores social e cultural desses concursos de beleza. Já expressamos neste espaço a nossa opinião. Agora gostaríamos de conhecer a sua.
E que venha um bom novembro.
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