Você já se imaginou diante da seguinte situação: estar com todos os problemas e pendências de sua vida em suas mãos e saltando diante de seus olhos? Contas a pagar, ligações a fazer, textos a escrever, mensagens a serem enviadas, compras a fazer, visitas a fazer, enfim, tudo girando ao seu redor, 24h por dia, e você tonto e perdido, sem saber o que resolver primeiro e como, jogando as bolas para cima, uma atrás da outra, sempre passando e repassando-as, com aquela sensação angustiante de que está sempre esquecendo de fazer alguma coisa ou que não ficou bem feita.
Assim sou eu, sempre com vontade de desligar minha mente, nem que seja por pelo menos cinco minutos, sempre fazendo alguma coisa aqui e já pensando no que fazer, daqui a uma hora, vinte e quatro horas, sete dias, um mês e até mesmo um ano. E por aí vai. Sempre, compulsivamente, vendo e revendo a agenda de meu celular, repassando as anotações, em busca de algum compromisso pendente e que eu possa resolver neste exato momento.
Eu faço muito malabarismo com as ideias, e minha vida acaba por se transformar num circo e num círculo vicioso, ao mesmo tempo. Eu já perdi as contas de quantas vezes desabafei aqui reflexões sobre a minha profissão e sobre a minha vida, quase sempre escrevendo as mesmas coisas, como, por exemplo, o que escrevo a seguir, sobre os malabarismos que faço com minhas ideias.
Às vezes, eu me pergunto que marcas eu
deixei, por onde eu passei. Eu me pergunto se deixei mais lembranças boas do
que más. Eu me pergunto se tirei o maior proveito possível daqueles lugares.
Como eu já havia dito, eu tenho vivido de maneira muito corrida, fazendo as
coisas de maneira muito rápida, por vezes com passagens rápidas pelos lugares e
contatos rápidos com as pessoas.
Por vezes, eu me flagro a repassar tudo que me aconteceu, algumas horas antes,
para ver se fiz tudo certo, se não me esqueci de nada e se não machuquei alguém
no caminho. Como se não bastasse, sou sempre acompanhado por minha velha
companheira de viagem: aquela sensação de ter esquecido alguma coisa.
De fato, esqueci sim, esqueci de publicar alguma coisa aqui, para levantar o ânimo de você que acabou de ler esta postagem, como aquele famoso vídeo "Para nossa alegria", por exemplo. Eu ainda não compreendi como foi que um vídeo que mostra um momento de intimidade e de descontração de uma família conseguiu fazer tanto sucesso. Sim, eu sei que é meio engraçado, mas ele não tem algo de muito extraordinário. Veja e tire suas conclusões.
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