Sem querer me gabar, mas já me gabando um pouco, declaro que uma das grandes vantagens de trabalhar na minha área, que é a saúde mental, é que todos os casos que trazemos à baila, nas reuniões de trabalho, por mais medíocres que pareçam, por mais claros e mais resolvidos que pareçam, sempre rendem muita discussão, sempre rendem muito aprendizado, semprem rendem muito conhecimento, sempre rendem muita novidade. Cada caso clínico que chega às nossas mãos é devidamente valorizado e produz muitos frutos.
Aquela turma me enche de orgulho. Modéstia à parte, tenho a forte impressão de que somos o serviço mais requisitado para interconsultas, em meu hospital, porque somos os mais eficientes. Veja onde anda nosso prestígio. Até nas redes sociais, recebemos pedidos de socorro. Nós fazemos o hospital. Nós o conduzimos. Ele depende de nós, que trabalhamos duro, às vezes fazendo hora extra, para manter o padrão de qualidade de nosso trabalho. Arruinamos nossa saúde e nossa qualidade de vida para cuidar da saúde de terceiros. Todo esforço é válido. Morremos paulatinamente, dia após dia, como sementes enterradas, para produzirmos frutos. Depois eu quero falar mais sobre esta nossa luta e abnegação.
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