"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas
voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as
possuí."
John Lennon
Judas Iscariotes, após receber seu pagamento de trinta moedas de prata, por ter entregue Jesus Cristo nas mãos das autoridades, arrependeu-se e tentou desfazer-se do dinheiro, jogando no lixo. Fez isso várias vezes, mas as moedas sempre acabavam voltando para suas algibeiras, contra sua vontade.
Naquele caso específico, o dinheiro era amaldiçoado, mas quem me dera se meu dinheiro gostasse tanto assim de mim e ele sempre acabasse retornando para mim, depois que o gastasse.
Fazer o quê? Dinheiro não foi criado para ter dono, nem foi feito para ser colecionado por pobres mortais como nós. Foi feito para circular, até retornar àquele que o criou. Por isso que Jesus Cristo disse "À César o que é de César, e à Deus o que é de Deus". Se existe dinheiro demais acumulado nos cofres de poucos, é porque há algo errado. Como em nossa sociedade capitalista já nos acostumamos com esse "algo errado", ele já acabou por se tornar "algo certo".
Entendo aquela máxima de Cristo como uma metáfora da nossa condição humana. Nós também circulamos neste mundo até retornarmos ao Criador. Não fomos criados para sermos propriedade de alguém, nem para nos apropriarmos indevidamente de outras pessoas. Devemos sempre respeitar a liberdade e a individualidade de cada um. Não devemos nos considerar sempre os donos da verdade e querer sempre que os outros sigam nossa cartilha, sob pena de serem taxados de idiotas.
Esta postagem acabou saindo um tanto dadaísta, mais do que a anterior, porque viajei um pouco na maionese. Acabei escrevendo mais do que esperava, com base em um assunto, porém já descambando para outros.
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