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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pragas do Egito




                                Como já devo ter dito antes, há dias em que o mundo parece desmoronar, não somente na minha cabeça, mas também sob meus pés e ao meu redor. São dias em que o mundo ao meu redor parece estar morrendo. Minha casa já não é mais a mesma. Minha família também já não é mais a mesma. Pois bem, se ele quiser desabar, que desabe, mas espero que caia pelo menos como água sobre nossas cabeças, para lavar e refrescar as pessoas e as terras, porque estamos precisando.

                                Algumas daquelas sete pragas do Egito, apresentadas no Antigo Testamento, e que se assemelham a alguns dos flagelos deflagrados pelos toques das trombetas dos anjos, segundo o Apocalipse, parecem estar cada vez mais presentes no cotidiano. Vai já entender do que estou falando. 

                                Não sei se você reparou, mas, para o Nordeste do Brasil, estes últimos doze meses parecem ter sido os mais secos da história. Nunca tinha ouvido falar de tempos tão escassos de chuvas como estes que estamos vivendo. As chuvas parecem estar voltando, timidamente, a cair no sertão, mas, apesar disto, as consequências de tão prolongada estiagem estão começando a surgir.


                                Em nossa querida Sobral, por exemplo, com as primeiras chuvas do ano, as águas estão saindo das torneiras das casas sobralenses turvas. Mais que isto, além de turvas, estão impróprias para o consumo humano, em quaisquer formas. Até o momento, ninguém conseguiu uma explicação satisfatória para o que está acontecendo. As pessoas estão sofrendo. Quem se aventura a consumir daquelas águas está adoecendo. Quem procura outras alternativas, como comprar galões de água mineral, por exemplo, está se deparando com filas quilométricas e com a safadeza de espertalhões oportunistas, que estão superfaturando os garrafões de água.

                                O superfaturamento e a carestia já são tradicionais, onerando o custo de vida do lugar. Quiçá aqueles comerciantes aproveitadores tentem se valer da velha lei da oferta e da procura. Existe um limite para tudo. Nada justifica aumentar o preço das águas, em uma situação de calamidade pública. Até porque os custos de preparo do referido produto para o consumo na sua fonte não devem ter aumentado. Ainda sim, não deixa de ser uma atitude imoral, antiética e anticristã.

                                 À título de registro, recentemente, um dos maiores rios da China ficou completamente avermelhado, como se vê na imagem do cabeçalho desta postagem. Constatou-se não ter havido contaminação, especialmente pelo fenômeno da maré vermelha. O que teria havido foi a suspensão da areia vermelha do fundo do rio. Não deixa de ser algo curioso e que, de certa forma, assusta. Alguns chegaram a questionar se aquele episódio não seria um sinal do fim dos tempos.

                                 Outra praga do Egito e do Apocalipse presente em nosso tempo e em nosso país são as nuvens de gafanhotos e de escorpiões, que podem ser traduzidos pela violência. São as hordas de seres humanos que, a despeito das medidas de inclusão social e de aumento da renda geral e das oportunidades de instrução e de trabalho, insistem em tomar como opção de vida agir como insetos e parasitas, trazendo flagelo à toda a sociedade, alimentados pelo fato de que, cada vez menos, as pessoas se importam com as consequências de seus atos

                                Deve ter sido desta maneira que transcorreu um crime que ocorreu e chocou a opinião pública, na última semana, o latrocínio perpetrado contra uma gestante. O cara, acompanhado de um comparsa, atirou e fugiu, talvez rindo e achando que, mais uma vez, ele sumiria, se safaria e ficaria tudo por isso mesmo. Ou então, ele chegaria a ser preso, mas logo seria liberado. Entretanto, para sua surpresa, a repercursão do crime deve ter sido maior do que o imaginado, e as forças de segurança passaram a procurá-lo insistentemente, movendo céus e terras. A casa acabou caindo. Como já foi dito antes, infelizmente, é necessário que as coisas cheguem a esse ponto de chocar a sociedade e as autoridades, para que alguma providência seja tomada.

                                 Se você souber de mais alguma praga do Egito no mundo contemporâneo, por favor, compartilhe aqui conosco. Descobrirei também por mim e comentarei aqui, em outras oportunidades.


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