Você tomou conhecimento da.recente onda de ataques terroristas em São Paulo, voltadas especialmente contra policiais, e que, inclusive, já chegou até Santa Catarina, não tomou? Pois bem, oficialmente, as autoridades não nomeiam esses eventos como ataques terroristas, tais como os que acontecem no Iraque e no Afeganistão, mas convenhamos que, desta vez, o crime organizado se superou, haja vista que parece estar mais disposto do que nunca a bater de frente diretamente com o poder estatal, até desestabilizá-lo e, quem sabe, tomá-lo, e desestabilizar a sociedade, se é que algum dia a sociedade foi estável."O homem é o lobo do próprio homem."Thomas Hobbes
Outrora, os criminosos agiam de maneira pontual, investindo contra pessoas físicas e jurídicas. Era um assalto à carro-forte aqui, um sequestro-relâmpago ali, uma "saidinha bancária" acolá, um "arrastão" mais adiante, uma transação envolvendo drogas e armas em algum lugar escondido da cidade, enfim, apenas fatos isolados que viravam notas nas páginas policiais e, depois, convertidos em mais alguns números para as estatísticas. Pouca importância se dá efetivamente a esses eventos, que logo são esquecidos pela sociedade, sendo recordados apenas por quem os sentiu de perto na pele, como aquele caso da advogada que foi morta por menores de dezoito anos, numa tentativa de assalto, há alguns meses. Nunca mais se falou no assunto, e os moleques, juntamente com seus "padrinhos" do crime, já devem estar nas ruas outra vez.
O que se vê agora é o crime organizado em peso atacando sistematicamente o poder público, por meio dos representantes da lei, com intuito de instalar a barbárie, agindo mais ou menos como o vírus HIV, enfraquecendo as defesas da sociedade. Isso ficou bem mais claro, depois que o Fantástico, em sua edição de 11/11, revelou provas de que os criminosos, de dentro dos presídios, estariam planejando a execução de policiais de São Paulo, há alguns meses. Segundo a reportagem, as autoridades paulistas saberiam disso, e nenhuma providência teria sido tomada, para evitar tudo o que está acontecendo agora. Há quem diga que essa reportagem teria sido mais um incentivo para que criminosos de Santa Catarina, por exemplo, reproduzissem as atitudes de seus colegas paulistas.
Acredito que estejamos chegamos perto do nosso limite. Estamos chegando a um ponto em que, ou o Estado toma alguma atitude ofensiva e radical contra o crime organizado, nem que, para isso, tenha que decretar Estado de Sítio, com a suspensão temporária das nossas liberdades individuais, teoricamente para aumentar nossa segurança, com a concessão de "carta branca" para as forças de segurança usarem todos os recursos disponíveis e necessários para restaurar a paz e a ordem sociais (se é que já houve isso alguma vez aqui) e com a remoção de todas as barreiras legais que as impeçam de chegar aos criminosos, favorecendo a impunidade, ou então será um "salve-se quem puder", quando cada um de nós terá de cogitar fazer justiça com as próprias mãos, para proteger a nós mesmos e nossos entes queridos. Conversamos mais sobre isso na próxima postagem.
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