Depois de ter recebido as últimas notícias dos Estados Unidos, não necessariamente relacionadas ao furacão Sandy, me vejo obrigado a fazer algumas retificações sobre o que escrevi a respeito das eleições presidenciais nos Estados Unidos, há algumas postagens. Como você pode conferir, naquela postagem, embora houvesse escrito que votar em Obama podia ser a melhor opção, também fiz algumas observações sobre os pontos negativos de seu governo atual.
Soube que o governo de Barack Obama está com baixa popularidade, e que a imagem dele passada pela imprensa no exterior não corresponde à verdade. Seu governo implementou uma política populista e assistencialista, tal como se vê no Brasil. Por um lado, melhorou a qualidade de vida de uma parte da população supostamente excluída, como os afrodescendentes, os hispânicos, os árabes, entre outras etnias não-caucasianas, concedendo-lhes bolsas de estudos universitárias, isenções de impostos, entre outras benesses. Enquanto isso, aumenta a mendicância entre brancos caucasianos nas ruas, e as micro, pequenas e médias empresas são sobretaxadas com impostos, carregando aqueles grupos de privilegiados nas costas.
O sistema de saúde não deve mudar muito, com a implantação do Obamacare. Como já foi dito antes, apenas os mais pobres e os idosos continuarão recebendo atendimento médico gratuito, por meio do Medicaid e do Medicare, respectivamente. O que deve mudar agora é que o restante da população, que não é coberta por esses sistemas, vai ser legalmente obrigada a pagar planos de saúde, caso contrário, será penalizada em seus impostos.
Como se vê, assim como no Brasil, parece que a classe média americana, especialmente a classe média branca, está em maus lençóis. Seus dias de bonança parecem estar chegando ao fim. Obama baixou a guarda e abriu as portas de seu país aos estrangeiros, o que levou prejuízos à população local. Os estrangeiros também estão sendo prejudicados com sua política, porque a crise econômica atual, além de diminuir as ofertas de emprego, diminuiu também as importações, inclusive de produtos como carne bovina e frutas do Brasil, por exemplo.
Os governos de lá e de cá, quando não são oito, são oitocentos. Ambos os governos, em vez de procurarem distribuir as riquezas da maneira mais homogênea possível com a população, eles criam políticas que beneficiam os extremos da população. Aqui, por exemplo, a gestão de FHC privilegiava as classes mais abastadas. Já a gestão de Lula promoveu alguma inclusão social, porém privilegiou demais tanto as classes mais abastadas como os mais miseráveis, deixando o restante da população a ver navios.
A nova política de cotas para afrodescendentes, indígenas e ex-alunos de escolas públicas, com reservas de vagas nas universidades, para esses grupos, por exemplo, em vez de ser uma forma de inclusão social, tornar-se-á uma forma de exclusão social, porque deve privilegiar uma minoria, cuja composição é questionável, haja vista que qualquer um pode alegar ser afrodescendente ou descendente de índios, sem precisar comprovar, prejudicando a maioria da população. Depois conversamos mais sobre isso.
Um conselho de amigo: se você ainda tem aquele sonho americano no seu coração e na sua mente, o sonho de morar no que eles chamam de América e viver num paraíso, tal como aquela protagonista da novela América, que foi exibida na Globo, há alguns anos, é melhor rever seus conceitos. Aparentemente, nunca esteve tão fácil entrar lá, mas, como diz o adágio popular, "quando a esmola é grande, o cego desconfia". Depende do lado em que você está. E assim, os Estados Unidos da América vão ficando cada vez mais parecidos com o Brasil. Eles lá é que sabem o que eles estão passando, porque "cada um sabe onde o sapato lhe aperta".
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