Lição moral bastante atual

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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

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quarta-feira, 28 de março de 2012

Arena


Bem, eu já havia expressado antes, lá em Consciência Acadêmica, minha opinião sobre o Big Brother Brasil e sobre outras artimanhas da Globo, e, agora, quero complementar, dizendo que vejo o BBB apenas como uma versão moderna e televisionada dos circos romanos.

Aqueles indivíduos que se submetem ao confinamento naquela arena doméstica fechada não passam de gladiadores amadores que, instigados pela produção do programa, que bota lenha na fogueira, como Nero ateou fogo em Roma, e pela audiência em rede nacional da plebe, e do patriciado também, às vezes, se enfrentam, não necessariamente por meios físicos, mas, especialmente no campo moral. 

                   Pobre plebe. Muitas vezes o circo na televisão é o único lazer, e o pão vem dos programas pseudoassistencialistas governamentais. Pobre plebe, porque, mesmo sendo mediana e medíocre, gera alguns daqueles gladiadores que, mais do que dinheiro, partem em busca de fama.  Pobre plebe que só tem acesso grátis ao circo no horário nobre. Se quiser e puder acompanhar o circo 24h por dia, precisa desembolsar algum e pagar o pay-per-view das operadoras de TV por assinatura. Então podem dar-se o luxo de ver cenas mais interessantes e até de testemunhar crimes em potencial

                   E por falar em crimes em potencial, bem que a opinião pública podia ficar ao lado daquele rapaz, que teria sido, ao que tudo indica, acusado injustamente de “estupro de vulnerável”. Mas não, como, no Brasil, cada um só pensa no seu, a plebe não vai abrir mão de seu circo de horrores gratuito em solidariedade a alguém que ela considera apenas mais um que teve a infelicidade de sobrar naquele jogo, mais um que foi sentenciado à morte moral. Agora é tarde, ele e sua família estão moralmente mortos. A Globo, como sempre, tentando consertar suas sacanagens, quando já não há mais muito o que fazer

                   Aqueles gladiadores não fazem ideia de onde estão se metendo. Eles submetem-se a isso que eles chamam de “jogo” (mais parece uma roleta russa) em busca não se sabe de quê. Eles se ferem psicologicamente e se desgastam, porque, cedo ou tarde, eles têm de se enfrentar, e as consequências desses enfrentamentos podem ser indeléveis. Cada um que sai de lá leva suas marcas. O pior de tudo é a morte moral. Essa é a pior morte a que cada um que entra naquela casa está sujeito, mesmo que fature todos os prêmios materiais possíveis que o programa oferece. Uns saíram com suas imagens arranhadas e tiveram suas carreiras profissionais comprometidas. Outros foram parar nas páginas policiais. Houve aqueles que desistiram de carreiras profissionais promissoras e honradas para tentar levar uma vida de incertezas e de provável efemeridade no meio artístico.

                   A Globo também não faz ideia de onde está se metendo. Será que ela é capaz de medir as consequências de seus atos??? Será que os participantes também seriam capazes de medir as consequências de seus atos e de não se deixar levar por impulsos que levem a tomar atitudes extremas, especialmente após as festas semanais regadas com muitas bebidas???

                   Não culpo totalmente a Globo. Ela apenas importou um modelo de programa consagrado lá fora. A Globo peca gravemente pela sua aparente ingenuidade que a leva a se aproveitar da ingenuidade da plebe telespectadora que é induzida a acreditar que juntar seres humanos e confiná-los em uma mansão, por mais que sejam providos todo os tipos de suprimentos e algum conforto, não é o mesmo que lidar com ratinhos de laboratório. Aquela casa não é um ambiente totalmente controlado. É um ambiente imprevisível, por mais que o telespectador se considere um exímio jogador de videogame diante de um Play Station e acredite ter poder de, com seu joystick na mão, decidir o que acontece lá dentro, ao telefonar e votar no gladiador que ele deseja eliminar, em cada paredão.

                    Se você ainda não sabe, então saiba que aqueles participantes do programa não são atores, embora alguns deles queiram ser. Essencialmente são pessoas da vida real, vivendo dramas reais, conflitos reais e emoções reais. As alegrias são reais, as tristezas são reais, as raivas são reais, as falas muitas vezes são reais, inoportunas, improvisadas e espontâneas, sem roteiros, as mancadas são reais e as cenas mais polêmicas também são reais e não ensaiadas. E você acha tudo muito lindo ou muito engraçado. Até porque não é você quem está lá dentro. Não é por outra razão que programas desse gênero são chamados de reality shows. Hello!!!

                    Por fim, os verdadeiros vencedores das edições deste e de outros programas similares não foram aqueles que ficaram até o último capítulo e faturaram o prêmio final em dinheiro. Até porque a maioria daqueles “vencedores” embolsou a grana e, tendo feito bom ou mau uso dela, sumiu dos olhos da mídia. Os verdadeiros vencedores dos reality shows foram aqueles que conseguiram sair da casa invictos, que escaparam da morte moral, que conseguiram sobreviver com honra, na volta ao mundo real e ser felizes, mesmo voltando ao anonimato e com poucos recursos financeiros, e também os que conseguiram tirar algum benefício duradouro da passagem pela casa. Bons exemplos deste último caso seriam Grazi Massafera e Sabrina Sato, que conseguiram seus lugares ao sol, fincando suas bandeiras no meio artístico, ao contrário de outras mulheres que viraram capas de revistas masculinas, faturaram algum dinheiro com as fotos e sumiram do mapa.







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