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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Treze ponto dois


                          Como você já deve ter ouvido falar bastante, 2012 foi marcado pelo centenário de nascimento de Gonzagão, rei do baião, mais precisamente no dia 13 de dezembro. Os Correios, por exemplo, cunharam um selo comemorativo, e os meios de comunicação não param de reverenciá-lo. São homenagens mais que justas a alguém que tanto contribuiu para o enriquecimento cultural do Brasil, difundindo a cultura nordestina pelo mundo afora.


                          Pois bem, justamente no último dia 12, passando perto de uma sala de cinema, aproveitei a oportunidade para assistir ao tão falado filme, que nos apresenta uma parte da história de vida de Gonzagão, especialmente no tocante ao relacionamento com Gonzaguinha, seu filho, relacionamento que, surpreendentemente, se mostrou um tanto conflituoso, e a maioria do grande público desconhecia o que se passava naquele lar. Por isso, o nome "Gonzagão, de pai para filho".

                          Há uma cena em que o jovem Luiz, com a cabeça regada por algumas doses de cachaça e de revolta, revela sua admiração por Lampião, dizendo que queria ser igual a ele. Bem, Lampião foi e ainda é admirado como modelo de homem por muitos sertanejos, porque representava tudo aquilo que eles gostariam de ser: homens com algum status e com alguma autoridade, corajosos, preparados e capazes de enfrentar os poderosos que os oprimiam ou oprimem. Então, o jovem, num momento de raiva, desafia um coronel que recusou-se a permitir o namoro com sua filha e o chamou de rapaz "sem eira nem beira". Por ter afrontado o coronel, Luiz foi "premiado" com uma surra de sua mãe. Logo depois, fugiu de casa e ganhou o mundo com sua arte, arte essa que seria aprimorada, nas duas décadas seguintes.

                          Noutra cena, o velho Lua visita as ruínas da casa grande da fazenda pertencente àquele coronel. Impressionante ver em que se acabaram o poder, o nome, a fortuna e as terras daquele coronel. Assim como as ruínas de palácios e de castelos das civilizações européias antigas, que, em suas épocas, impunham medo e respeito, hoje aquela fazenda não representa mais que uma referência histórica. 


                          Quando Luiz começou a tentar trabalhar como artista musical de rua, no Rio de Janeiro, em fins dos anos trinta, ele tocava com sua sanfona o mesmo que outros artistas de rua: tango argentino, valsa vienense, polca e outros ritmos estrangeiros que faziam sucesso na época, o que lhe rendia apenas algumas moedas e algumas visitas constrangedoras a um programa de calouros apresentado por Ary Barroso, na Rádio Nacional. Até que, num belo dia, ele resolveu relembrar e reincorporar a musicalidade de sua terra. Foi quando ele começou a tocar freneticamente em sua sanfona, como se fosse uma locomotiva iniciando sua marcha.

                          Então, ao introduzir na mídia carioca ritmos nordestinos, como o xote, o xaxado e o baião, por exemplo, ele começou a fazer a diferença, e isto lhe trouxe fama e dinheiro, mas não trouxe felicidade. À guisa de exemplo, sua primeira esposa faleceu pouco depois do nascimento de seu primeiro filho, Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. ou Gonzaguinha, como preferir, e a relação com esse filho sempre foi meio distante e turbulenta. Como ele vivia viajando para fazer apresentações, se viu obrigado a deixar seu filho aos cuidados de um casal amigo. A situação teria complicado ainda mais, depois que Gonzagão casou-se pela segunda vez, porque sua segunda esposa não aceitaria esse filho.

                          Uma última observação sobre o filme, antes que estas minhas palavras sejam consideradas um spoiler. Os eventos retratados no filme não aconteceram exatamente na ordem cronológica e nas épocas em que foram situados. Eles foram apresentados em caráter ilustrativo. Quem conhece melhor a biografia de Gonzagão perceberá isso, ao ver a película. Continuamos a conversa logo mais.


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