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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
Por isso, continuemos nos cuidando.

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Flagrante do cotidiano 16


                         Por esses dias, na porta de um consagrado hospital, uma consagrada operadora de telefonia móvel estava distribuindo gratuitamente chips ou cartões SIM, no máximo dois, para cada pessoa interessada que se apresentasse munida de um CPF para se cadastrar. Um presente de grego, se levarmos em conta as despesas que esses clientes felizardos venham a ter, futuramente, para manter seus créditos, além de lidar com serviços de qualidade duvidosa.


                         A despeito disso, as operadoras deveriam se reunir e distribuir, nas comunidades mais carentes, aparelhos celulares munidos com chips e com algum crédito. Assim, quem sabe, muitos dos moradores desses lugares parassem de se procurar se beneficiar, direta ou indiretamente, com celulares e outras mercadorias roubadas, especialmente num final de ano como este, ocasião em que cada um só pensa no seu. Para muitos dos moradores desses lugares, ter um aparelho eletrônico mais avançado, uma bolsa, uma roupa ou um calçado de grife acaba sendo muito mais importante do que ter comida na mesa, não importa qual seja a procedência desse material, sempre com base nas desculpas de que "achado não é roubado" e "de graça, até injeção na testa".
                       
                         Numa temporada de intenso consumismo, deve ser muito deprimente a pessoa se ver obrigada a assistir passivamente à toda essa euforia da sociedade, porque não tem recursos para comprar também o que quiser, por vezes não tem sequer o que comer em casa. Os recursos provenientes dos programas pseudoassistencialistas do governo acabam não sendo suficientes para satisfazer a ganância de muita gente. Para entrar nesta onda de troca de presentes, vale tudo. Até roubar e matar, se necessário. Todo mundo deseja Feliz Natal...para si. Todo mundo quer ter um Feliz Natal. Nestas ocasiões, os fins parecem justificar os meios e o crime parece compensar.

                         Por isso, você deve ter percebido que a criminalidade se intensifica, todo fim de ano. Surgem rumores de "arrastões", nos pontos mais movimentados da cidade. Todo ano, a mesma coisa. Se você sair de casa esta noite, não baixe a guarda. Nem todo mundo está em clima de festa e nem todo mundo está receptivo a uma saudação de Feliz Natal. Do mesmo que há pessoas de bem que estão de plantão esta noite e de prontidão para fazer o bem, há também pessoas de plantão procurando uma oportunidade para fazer o mal. Na verdade, todos os dias, tem sido assim. A força policial tenta acompanhar essa intensificação da criminalidade, mas não consegue prover segurança à contento, para toda a população. O clamor é generalizado. O abandono, também, nas grandes e pequenas cidades. Por isso, todos pedem mais segurança. Falarei mais sobre isso em breve.

                         Por essas e outras, embora o Natal devesse ser uma época feliz, estou triste, nesta noite de Natal, por conta dos rumos que o mundo está tomando. Rumos cada vez mais íngremes, tortuosos, pedregosos e mal iluminados. Estou triste, porque sei que, embora pessoal e diretamente, não tenha muito do que me queixar, muita gente tem motivo para estar triste esta noite. Estou solidário a elas. Muita gente está trabalhando, quando queria estar em casa com a família. Muita gente não tem família. Muita gente perdeu ou está correndo o risco de perder algum ente querido, por esses dias, e, por isso, se encontra num hospital ou num velório, neste momento. Muita gente está passando fome e frio, esta noite. Estou enlutado por todos aqueles que estão morrendo, nesses dias em que deveríamos, acima de tudo, celebrar a vida, mesmo que não os conheça. Lamento especialmente por aqueles que estão morrendo no trânsito, apesar do recrudescimento da Lei Seca, ou que estão sendo assassinados, por exemplo. Infelizmente, o Natal não tem mais sido um tempo de paz e de harmonia que tanto pregamos. Apesar de ainda ser uma bela época, já não me empolgo mais tanto quanto me empolgava, quando era menino.

                        Estou triste também porque não tenho tudo o que quero, mas, nem por isso, estou descontando minhas frustrações nos meus semelhantes, ao contrário de muita gente frustrada na vida, que, apesar de conseguir muita coisa, sem trabalhar de maneira honesta, ainda se sente cada vez mais insatisfeita e desconta sua insatisfação na sociedade. Como já devo ter dito antes, não tenho medo que um vulcão, como aquele que está iniciando atividade na Argentina, ou um tsunami destrua minha cidade. Tenho medo que essa gente destrua minha cidade. Felizmente, para nossa sorte, gente dessa estirpe ainda é minoria, embora estejam conseguindo cada vez mais impor suas vontades e seus valores como se fossem leis. Como diria o filósofo, o mal prevalece quando os bons se calam”.

                        Por vezes, me pergunto se por um lado, não teria sido melhor se Jesus tivesse retornado logo, no último dia 21, para consertar o mundo, embora eu e o mundo não estivéssemos prontos para recebê-lo outra vez. Por vezes, penso que talvez Ele ainda não tenha voltado, porque ainda acredita que o mundo ainda tem jeito e ainda espera que nós mesmos consertemos e salvemos o mundo, ou pelo menos uma parte dele.

                        Nem tudo está perdido. Um bom exemplos que acho digno de nota e, portanto, cito-o aqui: o papa Bento XVI concedeu o perdão oficial a um funcionário do Vaticano que estava sendo processado sob a acusação de roubar documentos confidenciais do Estado e repassá-los à imprensa. Não entendi porque o Sumo Pontífice perdoou assim, sem mais nem menos, alguém que aparentemente tentou expô-lo e prejudicá-lo. O que esse funcionário esperava com essa atitude??? Tudo bem, cada um de nós precisa experimentar um pouco mais da misericórdia divina, não apenas no Natal, mas durante o ano inteiro.

                       Desejo a você que teve a paciência de ler meus escritos até agora um Felicíssimo Natal, dentro de suas possibilidades. Agora saia da frente deste computador e vá confraternizar com quem estiver por perto. Quem sabe, um dia, o Natal volta a ter a mesma graça de outrora.  



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