"O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho".
No final da década de 1940, um grupo de cientistas que atuavam principalmente na área de física nuclear montou uma escala de tempo na qual a história da humanidade seria representada num relógio de 24h, o Doomsday Clock (Relógio do Juízo Final). À época, segundo o relógio, faltavam proporcionalmente 7 minutos para a meia noite, hora que representaria uma hecatombe capaz de dizimar a vida humana da Terra. Ao longo das décadas, o grupo vem monitorando o relógio e atualizando a posição do ponteiro, conforme análise do contexto global e dos riscos de uma grave ameaça à existência da humanidade. Semana passada, a última do primeiro mês do ano da graça de 2021, o grupo anunciou que ele segue com o ponteiro parado à 100 segundos da meia noite, tal como estava, há um ano. No relógio, as horas poderiam representar séculos, os minutos, décadas, e os segundos, anos.
A Palavra supracitada nesta postagem parece mais viva, e o relógio faz alguma alusão à ela. E é um alerta também. A despeito da precisão daquele relógio, se ele realmente pode estar sinalizando o fim da civilização, tal como a conhecemos, e um possível retorno de Jesus Cristo ao mundo para breve, ou não, podemos, ou pelo menos deveríamos, tirar uma lição de moral do que está se desenhando. Fica aqui mais um chamado à reflexão. Onde falhamos como humanidade, no intuito de evitar que o mal se disseminasse sobre a face da Terra, de todas as formas? Onde falhamos, por exemplo, em evitar que o vírus se propagasse tão rápido, mundo afora? Em vez disso, em muitos lugares, as pessoas seguem suas vidas como se nada estivesse acontecendo. Fala-se muito em retomada da economia e até de volta às aulas presenciais nas escolas, quando a vacinação ainda não está amplamente difundida, e ainda não se estabeleceu segurança suficiente para esse tipo de abertura.
Quem vai se preocupar com o fim do mundo, quando já se vê o mundo vindo abaixo e o céu se consumindo em explosões atômicas, quase todos os dias? Não se trata necessariamente de pensar no final do mundo, mas de refletir mais sobre o uso do tempo que ainda lhe resta neste mundo, que pode ser de mais algumas décadas, mais alguns anos ou mais alguns dias. Por que não procurar utilizar esse tempo restante da melhor forma possível? Por que não procurar investir principalmente na prática do bem, a si mesmo e ao próximo? Quem sabe assim não conseguiríamos transformar a face da Terra e impedir que uma desgraça maior venha a se abater sobre a humanidade e extingui-la? Ou pelo menos retardá-la? Ou pelo menos ainda encerrar nossas histórias, com as honras mais imaculadas dentro do possível?
Parece muito utópico, mas o fato é que algo precisa ser feito, por nossas vidas e pelo bem de toda a humanidade, prá ontem. Como dizia uma música de Belchior, Velha Roupa Colorida, alguma coisa vai e precisa acontecer mesmo, até o final deste ano, não somente no Brasil, mas no mundo todo, não necessariamente de modo coletivo, mas individualmente, para alguns. Ou saímos logo todos de uma vez desta Pandemia, por exemplo, ou não.
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Gostei muito da reflexão vou compartilhar
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