Há pouco mais de uma semana, o ator Russell Crowe esteve no Brasil para divulgação do filme "Noé", longa metragem estrelado por ele. Até aqui, nada de mais. Outros astros do cinema e da música também já estiveram no Brasil. Duas coisas surpreenderam, nesta visita.
A primeira foi o fato de ele ter andado de bicicleta pelo Rio de Janeiro, assim como fez Paul McCartney. A segunda foram seus níveis de franqueza e de exigência, demonstrados não apenas durante uma entrevista concedida ao Fantástico, quando ele pediu que a poltrona fosse trocada, antes de começar, mas também ao longo dos dois dias de estadia na cidade.
Na entrevista, ele foi bastante sincero e direto. Disse que a parte do aeroporto em que desembarcou precisava de uma "arrumada", ao ser questionado, reclamou do trânsito, quando saiu para pedalar e, quando estava deixando o Rio de Janeiro, escreveu no Twitter: "2 horas e 20 minutos de Ipanema ao aeroporto...". Segundo o repórter do Fantástico, "ele reclamou do começo ao fim, isso porque só passou dois dias no Brasil". Imagine a loucura na Copa. Ele viu alguns dos problemas com os quais convivemos todos os dias e que poucos visitantes estrangeiros veem. Ainda bem que ele não foi assaltado.
Ainda na entrevista, ele admitiu que por vezes se considera uma pessoa de convivência difícil no trabalho e que pretende, por isso, num futuro próximo, passar a dirigir seus próprios filmes.
Quando seu filme estrear, pretendo ir ao cinema conferi-lo. Como o filme fala sobre um dilúvio, baseado em uma história da Bíblia, isto me traz alguma inspiração para o campo pessoal. Por vezes, também sinto uma vontade de passar um dilúvio em minha vida, para poder passar minha história a limpo e rearrumar a casa. Admito que não tenho vivido da maneira como gostaria de ter vivido e que consegui chegar até aqui aos trancos e barrancos. De um jeito ou de outro, cheguei, mas podia ter sido diferente.
Hoje é dia da campanha Hora do Planeta. Venha participar conosco, apagando as luzes de seu lar, às 8:30 da noite, como fazemos todos os anos, sempre no último sábado de março. Mais uma vez, vamos apagar as luzes para iluminar o mundo.
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