Você deve ter ouvido falar exaustivamente, nas últimas semanas, do caso daquela médica de Curitiba acusada de provocar as mortes de pacientes graves, especialmente pacientes do SUS, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital daquela cidade, além de ser acusada da prática de algumas outras condutas consideradas antiéticas, no ambiente de trabalho, como, por exemplo, fumar no local de trabalho e destratar outros funcionários do hospital.
Se ela é ou não é culpada de todas as acusações que lhe impingem, não sei. O importante é que este caso me desperta uma reflexão.
Assim como a justiça, teoricamente, deve se manter cega, para poder melhor julgar cada caso, com imparcialidade e o mais próximo possível da razão, por vezes me pergunto se os outros médicos deste país procuram ser imparciais e justos em suas condutas, tratando das mesmas formas seus pacientes, sejam eles públicos, de planos de saúde ou particulares, sendo igualmente responsáveis, gentis e atenciosos com todos eles, ou se eles se mostram nitidamente mais interessados nos casos de pacientes que lhe propiciam retornos monetários diretos.
Como na última sexta-feira foi mais uma vez lembrado o Dia Internacional da Mulher, e estou atrasado com estas postagens, não podia deixar a data passar em branco. Em breve, estarei publicando um ensaio sobre o assunto. Por enquanto, deixo aqui, em homenagem às mulheres, em especial à minha querida Ane, um clipe de "Mas ela vai voltar", de Charlie Brown jr., uma das bandas que é a cara de minha adolescência, e cujo líder, o Chorão, eternizou-se, semana passada. Logo mais, conversaremos também sobre este tema delicado. Essa canção também vai para o amigo doutor Herbert, cirurgião geral, doido para que divulguemos seu consultório aqui neste espaço, e que, durante anos, usou essa música como ring tone de seu celular.
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