Na próxima terça-feira, dia 12, iniciar-se-á, à portas fechadas, na Capela Sistina, no Vaticano, um conclave, que é um encontro de cardeais, para a eleição de um novo papa, após a abdicação de Bento XVI. O nome do cardeal brasileiro dom Odilo Scherer, que é arcebispo de São Paulo, está entre os mais cotados para ser o próximo sucessor, no trono de Pedro.
A possibilidade iminente de que o próximo papa venha a ser um brasileiro encheu muita gente de esperanças. Ingenuamente, muitos brasileiros acham que vão ascender junto com o cardeal brasileiro, se ele ascender ao cargo de Sumo Pontífice, talvez pela sensação de proximidade que um papa brasileiro transmitiria.
Mas, vem cá, você já parou para pensar o que, de fato, mudaria em nossas vidas???
De uns anos para cá, o Brasil experimentou algum crescimento econômico e social, o que, aparentemente, fez crescer nosso orgulho nacional, levando o governo a produzir propagandas institucionais ufanistas, enaltecendo o aparente progresso brasileiro. A descoberta do Pré-sal, de cujas riquezas a serem geradas sonhamos todos em partilhar, somada com a presença de um brasileiro como chefe de Estado do Vaticano, seria algo apoteótico a encher nosso ego. Ninguém segura mais este país. Então, ame-o ou deixe-o.
De fato, o Brasil, se comparado a outros países do globo, sempre esteve em posição privilegiada. Depois de ver uma reportagem no programa Domingo Espetacular, da TV Record, versando sobre a vinda de refugiados de guerras para o Brasil, lembrei-me de que, mundo afora, há muita gente vivendo pior que a gente.
Sinceramente, não acredito muito na possibilidade de que um brasileiro seja eleito para papa. Melhor assim, para não encher muito a bola de nossos políticos e para que ninguém acredite que um papa brasileiro na Igreja Católica seja um sinal de "libera geral".
Se Deus é brasileiro, não sei. Se Ele for brasileiro, Ele não deve deixar de Sê-lo, tampouco deve mudar Seu olhar, em relação ao Brasil, mesmo que o papa seja de outra nacionalidade, como sempre foi.
São muitas as especulações. A imprensa está abordando o evento, como se fosse um processo eleitoral civil para cargos públicos, como se fosse uma competição esportiva ou como se fosse a votação de um projeto de lei no Congresso Nacional, com direito aos lobbies e tudo. Seja como for, façam suas apostas.
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