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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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sábado, 31 de maio de 2014

Retorno 8

            

                       Aproveitando esses dias em que aniversario, retomamos e finalizamos nossas reflexões a respeito daquelas nossas memórias que remontam à época em que concluí o Ensino Médio. Em 1998, seguia minha rotina medíocre, de segunda à sábado, dias iguais, semanas iguais. Acordava às cinco da matina, pegava um coletivo lotado às seis, trocava de coletivo em um terminal lotado por outro coletivo lotado que se arrastava pela avenida, tudo para chegar ao colégio antes das sete. Suportava assistir às aulas heroicamente durante mais de cinco horas consecutivas, com apenas uma pausa de vinte minutos. Depois, tomava o mesmo caminho, na volta para casa.

                      Almoçava, fazia uma siesta, estudava alguma coisa e, pelo menos quatro vezes por semana, no final da tarde, voltava para a escola, porque havia aulas complementares à noite, que não eram obrigatórias, mas que eram importantes para nossa formação e preparação para os vestibulares. Aquelas viagens entre minha casa e o colégio se tornavam menos intragáveis quando carregava comigo um radinho com fones de ouvido. Até hoje, me lembro bem das músicas que ouvia naquele rádio e ainda tenho o costume de ouvir música no trânsito, mas também ouço muitas notícias.


                        Pois bem, às 22h, meus pais iam me buscar no colégio. Chegando, comia alguma coisa e ia dormir tarde. Impressionante é que, não sei se já comentei isso, mas, naqueles tempos, dormia poucas horas por noite, mas não me sentia cansado ou sonolento, no dia seguinte. E olha que ainda não tinha o costume de beber diariamente vários copos de café, para tentar me manter mais alerta, mais concentrado e mais aquecido, especialmente em dias frios.

                        Em quase todas as manhãs de sábados, havia provas no colégio, para as quais nem sempre me sentia preparado, mas ia lá enfrentá-las. Por vezes havia aulas extras, nas tardes de sábado, para as quais ficava. O que mais me irritava era a volta para casa. Precisava ser tão difícil assim??? Precisava pegar um ônibus que se dirigisse a um terminal, mas todos os ônibus que iam para aquele terminal estavam sempre lotados, mesmo nas tardes de sábado, como se tudo aquilo fosse programado para mim, de bandeja.

                       Como já foi dito, vivia praticamente em um buraco, naquela época. Vivia em um extremo pouco comunicável da cidade, acessível apenas por um ramal único, e não me sentia parte dela. Por vezes, ainda me sinto como se não tivesse saído de lá. Sofria bullying por isso na escola.

                       O que me deixava mais constrangido era o fato de que, quase todas as semanas, atravessava a cidade para ir a uma consulta com uma otorrinolaringologista. Era como viajar de uma cidade à outra, sentindo cada metro do caminho percorrido. Não tive muitos avanços no tratamento de minha rinite alérgica, mas a culpa deve ter sido minha mesmo. A médica me recebia pacientemente todas as segundas-feiras e sabia da minha situação: um adolescente cercado de cobranças e de decisões a serem tomadas, que praticamente não vivia, não tinha o que outras pessoas de sua faixa etária tinham e não sabia ao certo o que fazer. Apenas corria em qualquer direção possível, para não ficar parado. Não fazia outra coisa além de ver os dias correrem e tentar correr atrás do relógio.

                       Nesse sentido, as coisas não mudaram muito, mas já foram piores. Atualmente, não teria mais condições de me submeter àquela rotina. Ainda não entendo como consegui superar tudo aquilo sozinho, pois quem vivia aquela minha vidinha ultra medíocre era eu, quem sabia o que estava se passando comigo era eu, pelo menos na teoria. O mundo não tinha algo mais a me oferecer, tampouco eu tinha algo mais a oferecer a ele. E via tudo aquilo que acontecia ao redor como se estivesse apenas de passagem.

                       Hoje, com alívio, vejo tudo aquilo como página virada. Pelo menos em parte. Conforme dito antes, já não tenho mais as mesmas preocupações de outrora. São fases superadas. Me preocupo agora com o futuro dos meus filhos que hão de vir, porque, como já foi dito aqui, o mundo deverá exigir mais deles do que exigiu de mim. Por isso, em homenagem a mim mesmo e aos meus futuros filhos, encerro com o vídeo de Going Back, de Phill Collins, música que é a minha cara.

                     



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