Sabe aqueles dias em que você está tão confuso, sem saber o que fazer, com nuvens de ideias e de problemas pairando sobre sua cabeça??? São muitas pendências do cotidiano a resolver, e, mais uma vez, temos de fazer uma espécie de malabarismo com elas, pensando-as e solucionando-as, na medida do possível. Enquanto se lembra dos problemas, um após o outro, também surgem novas ideias e reflexões sufocantes, especialmente nos dias em que está em ritmo mais acelerado, depois das xícaras de café que tomou para se aquecer e ficar mais alerta, e elas estão agindo em cada uma das suas fibras nervosas.
Tudo que você quer é correr para casa, o único lugar onde ainda espera encontrar um refúgio, um lugar para sentar, colocar a cabeça em seu devido lugar e as ideias no papel. Seria um lugar seguro para fazer cálculos e listas de tarefas e de compras, além de elaborar planos e traçar metas. Um lugar somente seu, onde pudesse canalizar a umidade desse céu pesado querendo desabar sobre a cabeça.
O problema é que, mesmo em casa, nem sempre conseguimos ter paz. Por vezes, já trazemos trabalhos da rua e nos deparamos com mais trabalho ainda sobre o birô. O refúgio parece mais um escritório. Hora extra e não remunerada. Ela chega por todas as vias possíveis. Este é o preço da hiperconectividade e da popularidade.
Das duas uma: ou nos encapsulamos cada vez mais em nosso mundo, nos trancando com um rádio ou com um notebook no banheiro, por exemplo, ou saímos e pegamos uma estrada sem rumo definido, deixando tudo que for possível para trás, "sem rádio e sem notícia das terras civilizadas".
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