Ano novo, situações antigas, problemas velhos. Porque tudo na vida tende a sofrer algum desgaste, inexoravelmente. Deve ser por isso que você ainda deve estar se sentindo cansado, mesmo após o recesso das festas de final de ano. Pelo menos você já deve estar ciente de que muitas coisas em sua vida precisam ser mudadas e de que erros que você teria cometido em 2021 não podem ser repetidos. Resta-nos tentar fazer algo diferente neste ano para acabar com isso. A maioria dos problemas que você trouxe para 2022 deve ficar em 2022. Se você estiver sem a mínima ideia sobre o que fazer ou por onde começar, você pode, por exemplo, tentar demonstrar gratidão àqueles com quem estiver em dívida.
O ano já se faz adiantado. E o século XXI já se faz mais avançado ainda. Já se passaram 22 anos de século XXI. O sujeito deve se lembrar de quando era criança, e todo mundo esperava pelo ano 2000, acreditando que o futuro e o século XXI começariam nele e que ele traria muitas novidades. Trouxe, de fato, mas não tantas assim. O ano 2000 A.D já virou passado. E o mundo continua quase com a mesma cara e com os mesmos problemas, que parecem ir e vir, endossando aquela teoria do resto que volta. Antes e depois de 2000, já se acreditou inúmeras vezes que o mundo, tal como conhecemos, acabaria, em determinados momentos.
Por isso, evite se prender tanto assim ao material, porque, hoje, você está aqui e tem as coisas que tem, mas, amanhã, não se sabe. Você pode não ter mais as coisas que tem ou não estar mais aqui. As suas coisas, ou que você acredita que lhe pertençam, pelo menos, podem lhe ser retirados, a qualquer momento. Ou você mesmo pode ser tirado delas, a qualquer momento. O século XXI já está bem adiantado, e você não pertence a este século. Você pertence ao século XX. Pertence à Deus. Pertence à eternidade. Logo mais, portanto, você será cobrado pelo tempo. Até porque temos motivos para nos preocupar cada vez mais com o tipo de sociedade que estamos criando e que será tocada por nossos herdeiros. Até quando ainda conseguiremos nos enquadrar nela, se é que conseguiremos, um dia? Imagine você como deviam ser confusas as vidas daquelas pessoas que nasceram no século XIX e viveram até meados do século XX, tendo que cada vez mais repartir espaço nas ruas e nas casas com os automóveis, com o telefone, com a energia elétrica, com as lâmpadas elétricas, com o rádio e com a televisão, por exemplo. E eis que, de repente, tudo aquilo para elas se transformou em nada. E elas também se transformaram em nada, pelo menos para o mundo, quando saíram da realidade e entraram na eternidade.
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