Como você vê, depois de muito disse-me-disse, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, a vitória do candidato da oposição democrata Joe Biden ainda é bastante contestada, devido à inúmeras peculiaridades do processo eleitoral americano, em comparação com o brasileiro, que o tornam menos ágil e, aparentemente, mais suscetível à fraudes, a depender da índole dos envolvidos. Até o momento, não partiram oficialmente do governo brasileiro cumprimentos ao candidato americano eleito. Talvez isso se deva à aparente relação amistosa entre os atuais chefes das duas nações. Coincidentemente ou não, logo após o anúncio do resultado das eleições, foi lançado um vídeo institucional alusivo ao aniversário de 245 anos de criação do Corpo dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. O vídeo chegou a ser interpretado como uma provocação, porque algumas imagens alusivas ao Brasil chegam a aparecer e porque ele foi publicado logo após declarações do presidente Bolsonaro, numa referência indireta a um discurso feito por Biden, num debate com seu oponente, se referindo ao modo como o Brasil cuida da Floresta Amazônica e fazendo possíveis ameaças de sanções econômicas contra o país, declarou que poderá chegar um momento em que somente a diplomacia não se fará suficiente para proteger a soberania nacional, declarando mais precisamente que, " quando acabar a saliva, tem que ter pólvora. Senão, não funciona. Precisa nem usar a pólvora, mas precisa mostrar que nós temos".
Quiçá o governo Trump tenha se esfacelado de vez, ao longo deste ano, não apenas por sua postura, perante o enfrentamento da Pandemia, mas também, e, principalmente, devido aos múltiplos casos de violência policial perpetrada contra cidadãos negros inocentes e desarmados, em distintas cidades americanas, gerando muita revolta popular, mesmo por parte de pessoas que não são negras, mas que foram também às ruas dizer que vidas negras importam. No Brasil, lamentavelmente, também temos muito com que nos envergonhar, no tocante a essa temática. No último dia 20 de novembro, coincidentemente no Dia da Consciência Negra, um homem negro morreu nas mãos de seguranças de um supermercado, em Porto Alegre, manchando a imagem do Brasil, perante o mundo.
Deixemos de lado as eleições americanas, porque quem deve decidir o que é melhor para eles são eles próprios, apesar de possíveis repercussões para nós no Brasil. Essa alternância entre correntes políticas no poder acontecendo por lá é interessante e salutar, para o progresso da democracia. É algo que pouco se tem visto por aqui. Agora, que as nossas eleições municipais se findaram, exceto no Amapá, onde o pleito foi atrasado devido aos problemas de suprimento energético do Estado, gostaríamos de lhe dar vez e voz e saber de você, leitor e cidadão, o que se passa em sua mente. Não temos, tampouco queremos ter o poder de influenciar seus pensamentos, mas diga-nos, por favor, que critérios orientam suas escolhas??? E, se você for servidor (a) público (a), gostaríamos de saber se você já foi coagido (a) em seu trabalho a votar em alguém ou por ter votado em alguém.
Hoje, lembramos o saudoso Chico Branco, avô materno do dr. Tony Harrison e grande torcedor alvinegro, que foi para a oficina divina, há 6 anos, e o assassinato de John Lennon, há 40 anos. Você pode não gostar das músicas dele e tampouco concordar com as ideias dele, mas não podemos deixar de considerá-lo como irmão e de incluí-lo em nossas orações.
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