A rede Globo de Televisão completa hoje meio século no ar. Mesmo não morrendo de amores por ela, você há de convir que esta é uma data a ser pensada, não necessariamente para comemorar, mas para refletir sobre os rumos da democracia e das comunicações, ao longo da história de nosso país.
Ao contrário de outros blogues e páginas jornalísticas da Internet, não pretendemos adotar uma posição radical e absoluta, sobre este ou qualquer tema, tampouco induzir você a demonizar ou endeusar de vez a maior rede de televisão do Brasil e uma das duas maiores do planeta, em estrutura e audiência. Como já foi dito, ninguém é dono da mais absoluta verdade, pois a verdade não mora num lugar só. Não adianta ser bairrista, nem extremista. Como sempre, fazemos uma análise o mais objetiva e imparcial possível dos nossos temas.
Estamos chamando a atenção para uma reflexão sobre o aniversário da Globo só para que você repare nas influências irrefutáveis que ela tem exercido, na política, na cultura e no cotidiano dos brasileiros, ao longo de décadas. A Globo faz parte da vida do brasileiro de alguma forma, mesmo não sendo telespectador cativo do canal. Ela divide opiniões. Para uns, uma benção. Para outros, uma ameaça pública.
O Jornal Nacional promoveu um ciclo de debates, reunindo os mais renomados jornalistas da Globo, fazendo uma retrospetiva da história do jornalismo do canal. Cada profissional relatou um pouco sobre as reportagens que mais teriam marcado suas carreiras.
Uma das coisas mais impressionantes daqueles debates aconteceu quando um dos jornalistas declarou que a emissora admitiu haver editado um debate entre dois postulantes ao cargo de Presidente da República, para o segundo turno das eleições presidenciais de 1989, fato que teria influenciado significativamente no resultado do pleito. A justificativa para a atitude da emissora foi que, por ser a primeira eleição presidencial realizada após o fim do regime militar, a emissora estava aprendendo ainda a trabalhar em um ambiente de democracia. Até certo ponto, a justificativa procede, levando-se em conta que a TV Globo estreou durante o governo dos militares, enquanto o mundo bailava ao som das baladas dos Beatles, tendo supostamente apoiado e recebido apoio recíproco daquele governo.
A maioria das grandes redes de televisão, inclusive as de TV por assinatura, tem programações fúteis e tendenciosas. Há pouco que realmente se aproveite daquelas grades de programação, para nosso crescimento, como cidadãos, profissionais e humanos, mas elas precisam manter aquelas grades de programação, porque precisam atender aos mais diversos interesses comerciais e políticos, a fim de captar recursos para sobreviver. A Globo ainda leva vantagem, em relação às suas concorrentes, porque tem uma intensa produção dramatúrgica, chegando a exportar novelas para outros países, e investindo pesado em jornalismo. E, assim, ela também consegue se notabilizar também no exterior.
Ninguém é obrigado a amar ou odiar plenamente a rede Globo, que é uma entidade emblemática e polêmica, mas devemos-lhe, grosso modo, alguma gratidão, pelos anos de serviços prestados à coletividade, levando informação e entretenimento urbi et orbi, para o bem e para o mal, mas que lhe renderam o destaque e o mérito dos quais ela goza. Se a Globo, que, com todo o material infundido nos lares brasileiros e toda a sua influência poderosa na cultura, no comportamento e na moda, fazendo, assim, a sua própria ditadura, é uma heroína, uma vítima, uma cúmplice ou uma vilã, quem decide o final dessa novela é você.
Você talvez não considere a Globo um bom exemplo a ser seguido ou apresentado aos seus filhos, não faz parte da população que se deixa viver em função dela, nem repete os jargões criados por personagens de suas novelas, e talvez ainda considere-a uma golpista, inimiga do presente governo e da democracia, demonizando-a como responsável por todos os males da nação. Esse tipo de julgamento fica ao critério do bom senso, da consciência e da capacidade de discernimento de cada um, ferramentas que devem ser empregadas com sabedoria, para filtrar, analisar, validar e incorporar ou descartar qualquer informação ou estímulo que você receber, de qualquer que seja a fonte. Reforçamos o conselho para que você evite tomar qualquer coisa que aprender em qualquer lugar como verdade absoluta. Lembre-se também de que nada é totalmente descartável. Sempre há algo que se aproveite, em qualquer lugar.
Como dizia o filósofo Chacrinha, que também foi uma figura icônica da Globo, viemos para confundir, não para explicar. Desejamos a todos um bom domingo. Desejamos também felicitações à Globo e aos demais aniversariantes desses dias, todos sob a proteção de um santo guerreiro, São Jorge, cujo dia consagrado foi 23 de abril, com votos de muita saúde e alegria de viver para todos. Não poderíamos também deixar de congratular o amigo Jansen, por seu primeiro ano de bodas, cujo fruto principal deverá ser colhido em breve. Parabéns, amigo.
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Olha, devemos sim o respeito a rede globo de televisão, pelo serviço prestado a todos, a informação, conteúdo e diversos aspectos que a globo tem mostrado de ser uma ótima televisão.
ResponderExcluirAgora vamos ser sinceros e objetivos, não vamos tolerar a posição da globo quando coloca novelas que destroem os lares e as famílias.
A globo merece sim o nosso respeito, mas ressalto que querer manipular pensamentos distintos do nosso cintidiano é diferente, agora vamos ser objetivos, a globo é a maior rede de televisão sim, mas por favor TV GLOBO, não queda usar de sua audiência para manipular nossos pensamentos, sabe porque ? , não precisa muito ser inteligente pra ver a tentativa de manipulação da rede globo.
Nosso respeito a TV GLOBO, agora tolerância em manipulação 0% !!!!